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Situação da aftosa na Bolívia preocupa países da região

Relatório indica que a Bolívia enfrenta sérias dificuldades para combater a doença


O Comitê Veterinário Permanente (CVP), órgão que reúne as maiores autoridades de saúde animal do Cone Sul, intimou as autoridades agropecuárias bolivianas para que fortaleçam o seu sistema de controle da febre aftosa. O CVP, integrado pelos presidentes dos serviços veterinários da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, realizou recentemente uma reunião ordinária na capital uruguaia (Montevidéu) e que teve como destaque a mudança de autoridade.

Na oportunidade, assumiu como novo titular do CVP o presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa) do Paraguai, Hugo Corrales. As autoridades sanitárias analisaram o informe da missão técnica que recentemente estava realizando uma inspeção dos trabalhos de controle nos focos de aftosa que foram detectados na Bolívia no início do ano, especificamente no departamento de Santa Cruz da Sierra, e nos municípios Cuatro Camadas, Montero Hoyos e Colônia Sur.

O relatório indica, entre outras coisas, que existem sérias dificuldades de organização para uma luta frontal contra a doença na Bolívia. Na seqüência, o CPV resolveu entregar uma carta às autoridades agropecuárias bolivianas intimando-as a fortalecer seus sistemas de controle da febre aftosa, para que possam encarar o programa regional “Mercosul livre da febre aftosa”.

Situação Preocupante:

O novo presidente do CPV, Hugo Corrales, manifestou que “a situação na Bolívia é preocupante”, já que afeta diretamente os interesses regionais discutidos dentro do programa “Mercosul livre de febre aftosa”, que pretende erradicar a doença entre todos os países da região, conforme foi acertado com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Corrales afirmou que a principal dificuldade que o sistema boliviano está atravessando é “o apoio escasso do governo boliviano com suas autoridades sanitárias”.

O Paraguai mantém uma ampla fronteira seca com a Bolívia. A zona de produção paraguaia se encontra a vários centos de quilômetros da linha limítrofe com esse país. Em sua vez, a zona aonde se declarou os focos em terra boliviana encontra-se novamente a quase 400 quilômetros da linha de fronteira com o Paraguai.

Ainda assim, o Senacsa declarou, em seu momento de alerta sanitário, para evitar qualquer tipo de risco do ingresso da doença ao território paraguaio. Igualmente, a OIE dispôs que seja incluída a zona da fronteira entre Paraguai e Bolívia dentro da zona de Alta Vigilância. Paraguai mantém seu status sanitário livre da febre aftosa com vacinação, atribuído pela OIE em janeiro de 2005. As informações são do jornal ABC Color.

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