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Situação da Silvicultura é tratada em Tarde de Campo com municípios da região do Alto Uruguai

Também participou do evento o prefeito de Três Arroios, Lírio Zarichta, que cultiva uma área de floresta


Os benefícios econômicos, sociais e ambientais com orientações técnicas de manejo correto, bem como a situação da silvicultura na região do Alto Uruguai pautaram as orientações na Tarde de Campo realizada na terça-feira (20/06) na propriedade do produtor Dilei Anzolin, na Linha São Roque, em Severiano de Almeida.

Participaram mais de 90 pessoas entre produtores ligados à atividade, viveiristas, técnicos da Emater/RS-Ascar dos municípios de Severiano de Almeida, Jacutinga, Áurea, Carlos Gomes, Centenário, Gaurama, Erechim, Marcelino Ramos, Mariano Moro, Três Arroios e Viadutos. Também prestigiaram o evento, o gerente do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar, Gilberto Tonello, o vice-prefeito, Jair Kammler, o secretário municipal da Agricultura, Dilei Anzolin, o supervisor da microrregional, Valdir Zonin, que também é presidente do Ibramate. Também participou do evento o prefeito de Três Arroios, Lírio Zarichta, que cultiva uma área de floresta.

Tonello destacou a importância da atividade para enriquecer os conhecimentos na área de silvicultura e destacou que ela também faz parte do programa de trabalho da Emater/RS-Ascar. Ele agradeceu a parceria da Prefeitura, dos produtores e dos técnicos. O vice-prefeito e o secretário também enfatizaram a importância das ações da Emater/RS-Ascar. 

As orientações foram repassadas pelo assistente técnico regional em Sistemas de Produção Vegetal, Luiz Angelo Poletto, que também apresentou um panorama da silvicultura na região. Segundo Poletto, no RS são cultivados 596.700 hectares, representando 2% da área. No Alto Uruguai, a área total de plantio é de 636.300, sendo a maior parte de eucaliptos. Os municípios com maiores áreas são Erval Grande (4.750ha), Erechim (2.300ha), Aratiba (2.205), Benjamin Constant do Sul (1.450ha) e Itatiba do Sul (1.150ha). Já o consumo de lenha, cavacos e toras por empresas atinge três mil hectares ao ano. Somente uma indústria de Erechim consome 850 metros cúbicos de cavaco/dia, exemplificou.

O futuro da atividade pode estar comprometido, caso não haja o florestamento e reflorestamento das áreas. "Se não plantarmos faltará produto nos próximos anos para atender a demanda das indústrias", observou Poletto. Segundo ele, o plantio regional deve concentrar a produção destinada a toras, cavaco e pellets. Também apontou como alternativa a agrossilvipastoril, ou seja, a criação de gado e corte e de ovelhas. "A atividade tem futuro desde que o florestamento e o reflorestamento sejam bem manejados", avaliou Poletto. 

Entre as orientações de manejo, chamou atenção para a escolha das mudas de eucaliptos que podem ser os clones Grandis, a mais plantada na região, urograndis e a Dunny (mais resistentes a geadas), controle de formigas, espaçamento e também sobre o sistema agrossislvipastoril, adubação, desrama e desbaste, assim como o tempo para retirada das árvores. "Com a floresta de sete anos, a retirada deve ser de 50%; de 10 a 15 anos, o corte deve ser de 500 árvores; e de 15 a 20 anos 250 árvores, exemplificou. O ideal, segundo ele, para o rendimento desejado, é o corte de eucaliptos com mais de 15 anos e pinos com mais de 20 anos", o rendimento, segundo ele, pode ser maior que o plantio de soja, comparou. 

Os produtores manifestaram preocupação como o preço da madeira, pago principalmente pelas indústrias, que compram a produção, e sem a produção podem ficar sem a matéria-prima. Também observaram que falta experimentos na região.

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