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SNA comemora 115 anos com sondagem otimista para o setor

Em relação à política governamental para o segmento, 29% dos entrevistados a classificaram como boa


A Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) divulgou no dia 30/01, durante o almoço comemorativo no Rio de Janeiro dos seus 115 anos de fundação, uma sondagem inédita sobre as perspectivas para o setor. Para 67% dos entrevistados, o desempenho em 2013, comparado a 2012, será melhor, enquanto 21% consideram que será estável. Em relação à política governamental para o segmento, 29% dos entrevistados a classificaram como boa, 56%, como regular e 15% como deficiente.
 
Em relação à economia, o setor considera que o crescimento da economia brasileira será um pouco acima de 3%; a inflação deve ficar entre 5% e 6% ao ano e o dólar deve permanecer entre R$ 1,70 e R$ 1,80, podendo superar esse patamar no fim do ano.
 
Os entrevistados também mencionaram os principais obstáculos apontados ao desenvolvimento do setor. O maior deles, para 97% dos participantes da pesquisa, são os gargalos na infraestrutura e na logística de transporte e comercialização. Em seguida, vem a preocupação com o cenário internacional (71%), especialmente a crise da Europa e a redução do crescimento chinês. As incertezas da política ambiental foram mencionadas por 68%. Pela primeira vez na sondagem, a falta de mão de obra qualificada, apontada por 66% dos entrevistados, aparece como um entrave importante.
 
 A mostra foi realizada entre os dias 16 e 27 de janeiro. Das 100 pessoas entrevistadas, 55% são produtores, 25% consultores e 20% representantes da cadeia do agronegócio.O evento contou com a presença de ilustres convidados em sua sede, como a senadora (PSD-TO) e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu, o ex-ministro da Agricultura do governo Fernando Henrique e atual presidente da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), Francisco Turra, o ex-ministro da Agricultura do governo Lula, Roberto Rodrigues, e atual secretário de Transporte do Estado do Rio de Janeiro, Júlio Lopes.
 
Durante a cerimônia, o presidente da SNA, Antônio Alvarenga, destacou a importância do setor de agronegócio para o país. “A cadeia produtiva do setor congrega desde fornecedores de insumos até a comercialização de produtos processados, sendo responsável por 34% de empregos no Brasil. O agronegócio brasileiro é moderno, eficiente e produtivo”. O agronegócio exportou US$ 94,6 bilhões no ano passado, 23,7% mais que em 2010, e poderá ultrapassar US$ 100 bilhões neste ano.
 
O Brasil já é o maior produtor de café, cana de açúcar e laranja do mundo, mas como relata Alvarenga, a infraestrutura não acompanhou o ritmo da produção, comprometendo a produtividade do país. “Segundo nossas pesquisas, 97% de entrevistados do setor concordam que a infraestrutura de transporte e logística, um dos maiores problemas para desenvolvimento da atividade. Isso mostra que a competividade do produto brasileiro no exterior vem sendo prejudicada”, questiona Alvarenga.
 
A senadora (PSD-TO) e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu, elogiou os trabalhos em parceria com a SNA, e aproveitou para reforçar a necessidade da criação de um marco regulatório para o agronegócio. “Está impraticável, precisamos de regras claras”, afirmou. A senadora ainda apontou a dificuldade logística e a insegurança jurídica como maiores desafios para tonar o Brasil o maior produtor e exportador de alimentos do mundo.

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