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Sociedade Rural de Londrina amplia debate sobre produção sustentável e meio ambiente

Para produzir apenas dois centímetros de solo a natureza leva 700 anos. Por isso é preciso diversificar a produção sem degradar, com sustentabilidade


Com o tema ‘Em Busca de uma Produção Sustentável’ a Sociedade Rural de Londrina iniciou nesta quinta-feira (3-04) a 48ª Exposição Agropecuária e Industrial, que prossegue até o dia 13 de abril no Parque de Exposições Ney Braga. Na abertura do evento, o governador Roberto Requião, alertou para a questão. “Para produzir apenas dois centímetros de solo a natureza leva 700 anos. Por isso é preciso diversificar a produção sem degradar, com sustentabilidade”, afirmou.


O presidente da Rural, Alexandre Lopes Kureeff, comentou a escolha do tema: “Estamos convictos de que a prática da produção agropecuária não pode gerar seu próprio fim e de que devemos garantir a sua continuidade com sistemas de produção sustentáveis. Por isso temos nos preocupado com a manutenção da qualidade do solo, a preservação das águas, a redução do uso de agroquímicos e a recomposição da mata ciliar”.

A Sociedade Rural deu início a um Seminário Internacional, onde especialistas nacionais e internacionais debaterão assuntos pertinentes ao tema até o final da Exposição. O painel de abertura foi sobre “Mudanças Climáticas e a Produção Sustentável”, com o especialista em mudanças climáticas do governo de Quebec (Canadá), Yvan Lajoie, e o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Impe), Paulo Nobre.

“O produtor vive e interage diariamente o meio ambiente, de maneira tão intensa, que qualquer mudança no clima ou no solo é logo percebida. A preservação dos recursos naturais está incluída no contexto das necessidades de buscarmos a produção sustentável dos alimentos, assim como o lançamento constante de novas cultivares para uma adaptação contínua”, afirmou Kureeff.

O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Valter Bianchini, alertou para o fato de que hoje é crescente o número de agricultores que se enquadram na legislação ambiental, graças a um trabalho integrado do Governo, aliado às Associações de produtores. “De um modo geral, os agricultores estão mais conscientes quanto à importância de práticas de manejo de solo, preservação da biodiversidade, recuperação das matas ciliares e cuidado com as águas. Esse raciocínio acompanha o produtor, assim como conhecer as últimas tecnologias para melhorar a produção”, disse.


“Na maior exposição Agropecuária da América Latina, um debate como sobre bioenergias torna-se fundamental. Precisamos lembrar que a produção sofre os impactos das mudanças climáticas e por isso o agricultor precisa contribuir com a sua parte nestes cuidados”, ressaltou o secretário referindo-se ao painel “A Produção Agropecuária e a Geração de Energias Renováveis”, que acontece nesta sexta-feira (4), às 9h.

O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, elogiou o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Sociedade Rural, assim como a escolha do tema da Exposição. “Demonstra um posicionamento consolidado e comprometimento daqueles que necessitam da natureza para produzir sem agredir ao meio ambiente”, resumiu Rasca.

O presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB), disse que a escolha do tema significa a tomada de consciência da questão ambiental pelo agronegócio. “Muitos agricultores já se conscientizaram de que é preciso poupar a natureza para tê-la para sempre, mas alguns ainda não fazem isso. Então o trabalho que uma feira como esta desenvolve na mudança de comportamento das pessoas é muito grande”, afirmou.

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