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Soja: como vai a colheita pelo país

No MT o percentual de avarias e umidade aumentaram


Foto: Eliza Maliszewski

A Companha Nacional de Abastecimento (Conab) fez um levantamento de como vai o andamento das culturas pelo Brasil e como se comportou o clima em março. Os dados constam no Boletim de Monitoramento dos Cultivos de Verão. Veja como está a colheita de soja:

Mato Grosso: A colheita evoluiu consideravelmente nessas três primeiras semanas demarço. Pulou de um pouco mais da metade da área total colhida, no início do mês, para algo próximo a 92%. Todavia, os relatos de produto com alto percentual de avarias e umidade elevada aumentaram em comparação com as semanas anteriores, sobretudo nas regiões médio-norte e norte mato-grossense. Embora as chuvas tenham dado tréguas momentâneas em várias regiões produtoras, houve dificuldade para evaporação do excesso de água no solo e para secagem natural do grão, provocando problemas que vão desde a dificuldade da entrada de máquina na lavoura à germinação do grão de soja ainda dentro da vagem. Por essa razão, alguns produtores das regiões problemáticas estão preferindo não colher as lavouras.

Mato Grosso do Sul: Março começou com clima mais estável, favorecendo o avanço da colheita, que nessas três primeiras semanas, saiu de 15% para 81% da área total colhida. Até o momento, a qualidade dos grãos colhidos é considerada boa e há indicativo de elevação da produtividade média, uma vez que até as lavouras mais tardias, que geravam dúvidas, estão apresentando bons rendimentos.

Goiás: Durante as primeiras três semanas de março houve oscilação nas condições climáticas. Ainda assim, as operações de colheita transcorreram em ritmo razoável, alcançando 82% da área total até o fim do referido período. As atividades têm ocorrido em três turnos, justamente com intuito de finalizar a colheita e viabilizar o plantio do milho segunda safra. Vale ressaltar que parte do produto colhido tem demonstrado excesso de umidade e queda na qualidade.

Minas Gerais: Houve intensificação na colheita da cultura, chegando a quase ¾ da área total até o fim do segundo decêndio de março. As demais áreas já estão em maturação, com previsão de conclusão da colheita no fim de abril.

São Paulo: O clima mais seco propiciou avanço na colheita que alcançou cerca de 65% da área total ao fim do segundo decêndio de março. As lavouras remanescentes estão predominantemente em maturação, com boa perspectiva de rendimento.

Paraná: Com certa estabilidade climática, a colheita evoluiu bastante nas primeiras três semanas de março, saindo de 8% para 58% da área total. Ainda assim há um atraso médio de aproximadamente duas semanas de trabalho em comparação com a safra anterior. As operações estão acontecendo em três períodos para intensificar o andamento e viabilizar o plantio de milho segunda safra.

Santa Catarina: A redução dos acumulados de chuva em fevereiro favoreceu as lavouras que começaram a entrar em processo de maturação e o avanço da colheita. O segundo decêndio de março terminou com quase metade da área total de soja colhida. A produtividade média tem superado as expectativas, depois dos registros de intempéries climáticas no início do ciclo (estiagem).

Rio Grande do Sul: Colheita iniciada, porém, ainda de forma incipiente. A maior parte das lavouras está em estádio de enchimento de grãos. O tempo mais seco nos últimos dias acendeu o sinal de alerta para uma possível redução do potencial produtivo caso não chova nos próximos dias, já que pode não ocorrer o adequado enchimento dos grãos. Contudo, até o momento, a estimativa de produtividade é boa.

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