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Soja argentina pode cair para 40 MT

“Forte impacto para cima nos preços mundiais"


A seca que está castigando os cultivos na Argentina está prevista para continuar esta semana, alerta o principal assessor climático da Bolsa de Cereales de Buenos Aires, Eduardo Sierra. De acordo com ele, se as chuvas esperadas não chegarem até a próxima semana, a colheita do país vizinho poderá reduzir-se a 40 milhões de toneladas – bem abaixo das 51 MT estimadas pela própria Bolsa na semana passada. 

Se isto realmente ocorrer, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica, haverá um “forte impacto para cima nos preços mundiais”.

“Estou vendo chuvas neste fim de semana e alguma coisa entre quinta e sexta-feira da semana que vem no centro agrícola do país, o que poderia conter os danos. Se estes eventos não ocorrerem, já estaremos falando em 40 milhões de tons de soja”, projetou o meteorologista.

A T&F aponta, porém, que um informe da Bolsa de Comércio de Rosário registrou que o clima seco continuará no centro agrícola pelo menos até meados de fevereiro, com temperaturas acima do normal em pleno verão austral. Outros meteorologistas consultados esperam que poderá haver algumas precipitações em meados de fevereiro, mas alguns acreditam que estas chuvas não irão reverter o dano causado pela seca. A perspectiva é haver 5 ou 6 dias de calor, sem chuvas.

Eduardo Sierra complementa que, “até o momento, houve um impacto de leve a moderado. Se chover, este impacto se contém. Se não chover, se intensifica e entra em outra categoria, como a que ocorreu em 2008/09, que teve um impacto de 30% na soja e 50% no milho”.

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