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Soja mantém alta sem definições com a China

Nenhuma novidade dos acordos comerciais entre os EUA e China


O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na terça-feira (22.05) uma alta de 5,25 centavos de Dólar no contrato de Julho/18, fechando em US$ 10,3050 por bushel. Os demais vencimentos em destaque da commodity na CBOT também fecharam a sessão com valorizações de 5,25 pontos.

O mercado norte-americano da soja manteve os ganhos nos principais contratos futuros obtidos na abertura da semana. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, as cotações de soja “conseguiram romper uma resistência antiga, mas não desenvolveram significativamente a alta, porque há elementos fundamentais limitantes”.

Entre eles, o especialista aponta: “margens de esmagamento na China negativas, possibilidade de redução da demanda; prêmios nas origens sob pressão limitam as ofertas; petróleo recua das máximas de $ 72/barril, tira a pressão sobre o dólar, que sobe e reduz competitividade americana; trégua entre EUA e China é fator altista para Chicago a longo prazo, mas ainda não se viu a retomada dos pedidos; bom desenvolvimento do plantio de soja nos EUA cria a perspectiva de maior área e maior oferta em 2019; concorrência de outros exportadores mundiais (Brasil) limita a alta”.

De acordo com a Consultoria AgResource, a tendência criada na segunda foi mantida na sessão de terça em Chicago, que foi liderada pelo complexo de milho e trigo: “Nenhuma novidade dos acordos comerciais entre os EUA e China foi publicado nestas últimas 24 horas, o que deixa a especulação ainda apreensiva sobre qualquer posicionamento mais agressivo, para as próx­imas sessões. A ARC lembra, que com o arrefecimento dos embates e ameaças tarifárias entre Trump e Jinping, os fundamentos voltarão a liderar a tendência de preços ao longo dos próximos meses”. 

“Agora, o principal foco fundamental será o progresso da safra de soja nos Es­tados Unidos, a qual se mostra em desenvolvimento muito favorável com um progresso de plantio em níveis recordes. Até este último fim de semana, o USDA estima que 56% da safra da oleaginosa já foi semeada nos campos estadunidenses. O atual ritmo é bem acima da média dos últimos 5 anos em 44% e superior à 2017 em 50%. Até o momento, não há ameaças climáticas previstas para o Cinturão Agrícola americano”, concluem os analistas. 

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