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Soja mato-grossense tem menor cotação média em 12 meses

Os 7,7% da produção negociados tiveram fechamento em R$ 42/saca


A comercialização de soja mato-grossense em abril registra o menor valor médio por saca desde o início das negociações, há 12 meses. Os 7,7% da produção negociados ao longo deste mês tiveram fechamento em R$ 42 a saca de média, o menor valor desde o início dos negócios em março de 2012. Além do acumulado negativo, o valor encontra-se abaixo do preço médio ponderado de fechamento dos negócios ao longo da safra, que foi de R$ 47,19.


O balanço sobre o atual nível de preços da saca da soja mato-grossense, safra 2012/13, faz parte da análise semanal do Boletim da Soja divulgado na última segunda-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Como frisam os analistas, restam cerca de 16% da safra, ou 3,8 milhões de toneladas (t), para serem negociados, considerando a produção de 23,58 milhões t. “Produtores que têm a chance de armazenar sua produção podem ficar à espera de preços mais atrativos. Dessa forma, a partir de junho, a cadência da comercialização tende a diminuir, devido à menor oferta física da oleaginosa, podendo trazer consigo preços mais elevados”.

Mas como a realidade estadual é outra, o produtor que teve parcelas da produção a comercializar no decorrer da colheita sentiram e ainda sentem, a pressão de boca de safra, quando a oferta abundante, pressiona para baixo as cotações.

“Independentemente da fase de desenvolvimento em que se encontre a lavoura, a comercialização da safra acompanha todos os estágios. Nesse sentido, a comercialização da soja tem se apresentado positiva em quase todo seu decorrer. No mês de abril, 82,3% da safra estavam travados. Esse volume representa negociações normais para o período, que neste mês está com apenas 3,8 pontos percentuais (p.p.) de atraso em relação ao mesmo mês no ano passado. Os bons volumes de comercialização trazem consigo um ponto negativo para o produtor no período de pico de safra: a queda de preços, pois a boa oferta oriunda do grande volume de soja que sai da lavoura e vai direto para o armazém/trading pressiona o preço para baixo, e isso é o que mais se vê no Estado campeão de produção de soja no país”.

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