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Soja não transgênica foi tema de reunião no MS

Assunto foi discutido entre pesquisadores e produtores de sementes e grãos no MS


Foi realizado nesta quinta-feira (09), no mini-auditório da Embrapa Agropecuária Oeste, uma reunião com pesquisadores e produtores de sementes e grãos de soja interessados em debater as oportunidades para a criação de uma associação de produtores de soja com cultivo de variedades não transgênicas.


Durante o encontro foram esclarecidas algumas vantagens da produção de soja convencional, que apresenta diversos aspectos positivos, tanto em relação ao bom desempenho (boa produtividade, estabilidade, tolerância a doenças, boa adaptabilidade a região) quanto ao mercado (preço/bonificação ou ainda como alternativa de agregação de valor), entre outros aspectos.

O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Lasaro, apresentou detalhes do modelo produtivo que está sendo utilizado em Mato Grosso, por meio do programa denominado ‘Soja Livre’, realizado pela Embrapa, Aprosoja e Abrange. Ele explica que no Estado vizinho esse nome foi dado como forma de possibilitar reflexões de livre escolha, seja do produtor, da indústria ou do consumidor final em relação a produção e/ou consumo da soja não transgênica ou transgênica.

Ele disse ainda que tanto em Mato Grosso do Sul quanto no Paraná têm ocorrido consultas de produtores sobre essa questão. “Essa reunião inicial serviu para nivelar as informações do assunto, além de reunir dados que permitiram identificar gargalos, vantagens, mercado e a possibilidade de associativismo em prol da produção de soja não transgênica no Estado”, disse. Além disso, Lasaro fez uma breve apresentação sobre as principais características da soja convencional da Embrapa.


O gerente do Escritório de Negócios de Londrina da Embrapa Transferência de Tecnologia, Luiz Carlos Miranda, elogiou a iniciativa e disse que são iniciativas como essas que fazem a diferença em termos de transferência de tecnologia e criação de alternativas para o agricultor. Ele falou ainda dos relevantes trabalhos desenvolvidos pela Embrapa Soja, em relação a soja convencional e que podem contribuir com as necessidades locais e informou que vai compartilhar as expectativas do grupo com as lideranças da Embrapa Soja. “A soja é considerada uma comoditie, mas apesar disso o atendimento a mercados especiais, como é o caso da soja convencional, é fundamental para que toda a cadeia do agronegócio da soja cumpra a sua missão”, explicou.

O pesquisador da Fundação MS, Carlos Pitol, uma das instituições proponentes da reunião, falou sobre as pesquisas com soja convencional realizadas na região e destacou a relevância da reunião que reforçou a importância da criação da associação de produtores de soja convencional. “Temos um espaço no mercado para isso, que pode ser uma alternativa para o produtor, além de ser uma forma de evitar a monopolização da principal cultura agrícola do país”, explica ele.

A partir da reunião foi organizado um grupo de trabalho que dará continuidade a organização das atividades futuras em prol da produção de soja convencional em Mato Grosso do Sul.

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