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Soja nos portos sobe mais que a do interior

Preços da soja sobem 0,98% nos portos e 0,08% no interior


Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP), os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a segunda-feira (15.04) com preços médios da soja pagos pelas tradings nos portos do Sul e seus equivalentes em outros portos do país subindo 0,98%. Um aumento muito maior que os 0,08% no preço pago pelas indústrias no interior.

Com isto, a perda mensal do preço da soja sobre rodas nos portos é de 0,59%, para R$ 77,25/saca, enquanto no interior é de 0,80% a R$ 71,83/saca. Como explicar esta discrepância? “Possivelmente para completar navios afretados com espaço maior do que a tonelagem comprada anteriormente (muito comum isto acontecer)”, diz o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica.

“Também pode acontecer que, mesmo com prêmios mais baixos a disponibilidade argentina seja quase nula, uma vez que ela vende apenas 6,3MT de tons de soja/ano (que o Brasil vende por mês) no mercado internacional, porque industrializa praticamente tudo o que colhe no mercado interno, sendo a maior exportadora de farelo e óleo de soja do Mundo”, complementa.

Segundo a T&F, informações algo contraditórias nos chegaram nesta segunda-feira: de um lado, nenhuma ação da China no mercado internacional de soja e preços da soja brasileira ‘caros’ (expensives, como disse o relatório em inglês). Isso porque a soja argentina tem prêmios negativos, enquanto a brasileira ainda os tem positivos, embora menores que os prêmios americanos.

“Outra informação importante é que, aparentemente, a informação da Reuters de que o abate de suínos na China foi de 200 milhões de cabeças e não de apenas um milhão, ainda não surtiu efeito sobre o complexo de soja na CBOT nesta segunda-feira, especialmente porque não se traduziu em compras concretas de farelo ou de carne suína adicionais”, conclui Pacheco.

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