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Soja puxa pauta de exportações no quadrimestre

Rondonópolis (MT) está no topo da balança comercial do Estado de janeiro a abril


Rondonópolis (MT) está no topo da balança comercial mato-grossense de janeiro a abril, com saldo acumulado de US$ 249,031 milhões (diferença entre compras e vendas internacionais). Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, nos primeiros quatro meses deste ano o Município (210 quilômetros ao sul de Cuiabá), exportou US$ 351,171 milhões e importou US$ 102,140 milhões, ocupando a primeira posição no ranking estadual.

Entre os produtos mais vendidos pelas empresas locais, em primeiro lugar estão a soja em grão “in natura” ou triturados. A mercadoria responde por 54% das vendas externas realizadas no primeiro quadrimestre – totalizando US$ 191,460 milhões. Apesar da redução na produção de soja em relação à última safra, as exportações de grãos aumentaram 9,10%. No ano passado, de janeiro a abril, as vendas somaram US$ 175,489 milhões.

De acordo com o nono levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Mato Grosso produziu 3,8% menos soja nesta safra que na temporada anterior. O consultor da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo, acredita que a queda na produção de soja não afetou as exportações do grão.

Segundo ele, quando se fala em crise em Mato Grosso, os reflexos estão mais concentrados no produtor rural. “Como o produtor já está endividado, a defasagem cambial afeta diretamente os negócios”.

Entre as tradings, a situação é um pouco diferente. Grande parte das empresas que exportam os produtos do complexo soja, líder da pauta mato-grossense, manda a mercadoria para fora por meio de operações entre filiais.

Timo explica que a negociação se dá com a Bunge de Rondonópolis, por exemplo, exportando a produção para a Bunge chinesa. Diante disso, a valorização do real em relação ao dólar não prejudica os negócios. Da mesma forma, quando as empresas vendem a produção no mercado brasileiro, a questão cambial deixa de ter efeito.

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