Soja reage, mas ainda patina no Brasil
Média mensal de dezembro ainda é negativa – cerca de 1,51% nos portos e 2,13% no interior
Segundo apurou a pesquisa diária do Cepea, os preços da soja no mercado físico brasileiro fecharam a terça-feira (18.12) com preços da soja subindo 0,62% nos portos e 0,94% no interior, nesta terça-feira, diante da alta de 0,17% do Dólar e de 1,01% na cotação em Chicago, assim como os prêmios da soja brasileira para exportação que, em média, subiram 9cents/bushel.
“Mesmo assim, a média mensal de dezembro ainda é negativa – cerca de 1,51% nos portos e 2,13% no interior. Como mostramos na última sexta-feira, para os preços retornarem aos bons níveis em que já estiveram há três meses, precisaria que a China multiplicasse por 10 as suas compras de soja, e/ou que houvesse uma catástrofe climática na América do Sul (que começou, mas está sendo
afastada pelas chuvas) ou que o dólar disparasse no Brasil”, explica o analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.
CLIMA
“O período de estiagens sobre o Centro brasileiro é confirmado nas atualizações climáticas de hoje. Uma massa de ar quente de alta pressão, reduz ou elimina a chegada de chuvas expressivas sobre o Centro e Nordeste do país, nestes próximos 5 dias. As regiões do oeste da Bahia, centro-sul de Tocantins, todo Goiás, leste do Mato Grosso e todo o Mato Grosso do Sul irão enfrentar um céu aberto com o aumento das temperaturas médias”, aponta relatório da Consultoria AgResource.
Clientes da ARC distribuídos pelas áreas afetadas nos alertam que ainda a falta de chuvas não se torna um problema grave para o MATOPIBA, porém Goiás, Mato Grosso do Sul e partes do Mato Grosso já possuem talhões com estresse hídrico visíveis, que irão se intensificar nos próximos dias: “Os mapas climáticos trazem a volta das chuvas generalizadas para a última semana de dezembro, amenizando os efeitos negativos das estiagens”, conclui a AgResource.
