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Soja sobe nos portos e cai no interior do Brasil

Cotação do Dólar e Chicago em forte queda


As cotações da soja tiveram nesta segunda-feira (16.04) mais um dia de comportamentos mistos no mercado físico brasileiro, influenciadas pela baixa na Bolsa de Chicago (CBOT) e no Dólar, além de outros fatores. De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços subiram 0,25% nos portos e desceram 0,14% no interior do País (índices do Cepea).

O analista da T&F Luiz Fernando Pacheco afirma que as cotações do Dólar voltaram a fechar em baixa diante da não-continuidade dos ataques à Síria e da não-resposta da Rússia, isto é, a guerra não começou (ainda): “Com isto a cotação do Dólar fechou nesta segunda-feira em queda de 0,41%, enquanto Chicago também fecharam em forte queda de 1,16%, quase que pelos mesmos motivos da queda do Dólar”. 

FUNDAMENTOS

Segundo relatório do IMEA liberado nesta segunda, as maiores disponibilidades de soja no estado do Mato Grosso, nesta altura da temporada, estão menores do que na mesma época do ano passado. “Porque os percentuais já comercializados, neste ano, são maiores, aproveitando as boas cotações da soja. O Sudeste é a parte do estado que tem maior disponibilidade. No total, neste ano, já foram comercializadas 71,5%, restando ainda não vendidas 28,5% do total colhido. A colheita, por sua vez, está praticamente terminada, alcançando 99,9% (mesmo percentual do ano passado nesta época)”, explica Pacheco.

De acordo com os mapas climáticos analisados pela Consultoria AgResource, as últimas rodadas de chuvas são oferecidas para o Centro do Bra­sil, nestes próximos 5 dias: “Segundo o modelo AMERICANO (GFS), que se diferencia dos demais modelos, uma ampla área do centro-sul do Mato Grosso, oeste de Goiás e norte do Mato Grosso do Sul deverá ser regada com totais pluviométricos num raio de 20-40mm acumu­lados até o dia 21 de abril. Tais precipitações proporcionam um bom cenário para o desenvolvimento das regiões cultivadas com safrinha. No entanto, os estados do Paraná, São Paulo e o lado sul do Mato Gros­so do Sul sofrem com a permanência do padrão seco desde o começo de março. Além do mais, novas rodadas de chuvas não são previstas para tais regiões, nos próximos 15 dias. O cenário é preocupante, com uma safrinha prejudicada na falta de umidade”. 

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