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Soja transgênica vira biodiesel


O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, defendeu o uso da soja transgênica produzida no Brasil na fabricação do biodiesel. A afirmação foi feita ontem, na abertura do 1º Congresso Internacional de Biodiesel, em Ribeirão Preto. A soja, assim como outros vegetais oleaginosos, é usada como base na produção do biodiesel por meio de reação química com, por exemplo, o álcool etílico, produzido a partir da cana-de-açúcar. O combustível substitui o diesel feito a partir do petróleo sem a necessidade de alteração no motor do veículo.

O Brasil importa 18% do óleo diesel de petróleo que consome, a um custo de cerca de 1,22 bilhão de dólares. 'Cálculos iniciais indicam que o desenvolvimento do programa representará uma significativa economia de 1,8 bilhão de litros de diesel importado. Poderá ser, também, uma saída econômica para o uso da soja transgênica, transformada em biodiesel', disse o ministro.

O biodiesel, na opinião do ministro, será uma versão diesel do Pró-Álcool, 'com a vantagem de não ter o açúcar para desviar a produção, quando for mais lucrativa'. 'Isso sem contar suas vantagens ambientais, pois reduzirá bastante a poluição ambiental nas cidades.' A matéria-prima vegetal utilizada na fabricação do biodiesel retira o gás carbônico da atmosfera durante o crescimento, o mesmo gás que é emitido na queima do combustível que, por isso, é considerado limpo.

Para realizar a substituição, é necessário a produção de óleo vegetal em larga escala. Segundo o ministério, pela alta produção de soja e do seu óleo no Brasil, o vegetal seria o único a atender a demanda industrial pelo biodiesel - o Brasil produz mais de 40 milhões de toneladas de soja, nas regiões Centro-Oeste e Sul.

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