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Sojicultores de Lucas (MT) reivindicam aumento do prêmio

Os produtores querem que o governo reavalie o valor de R$ 1,34 para a região


Sojicultores da região de Lucas do Rio Verde (MT) se reuniram nessa quinta-feira (11-01) com membros da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Superintendência Regional do Banco do Brasil (BB) para reivindicar o aumento do prêmio para a soja comercializada no Médio Norte do Estado. Eles querem que o governo federal reavalie o valor de R$ 1,34 para a região de Lucas (360 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá), levando em conta despesas como frete, para que a saca alcance o valor de referência estabelecido pela União, que é de R$ 22,50.

O representante do Mapa, coordenador-geral de Oleaginosas e Fibras do Departamento de Comercialização, Sávio Rafael Pereira, explicou que a principal reivindicação é a definição de prêmios para as três regiões produtoras do Estado: extremo Norte, Médio Norte e Sul. “Os sojicultores reclamam que não conseguem atingir o patamar referencial com este valor do prêmio aqui na região e comparam com o valor vigente na região de Sinop, que é de R$ 3,08”, conta Pereira. Esses valores são os anunciados pelo governo federal para o exercício de janeiro. Já fevereiro poderá contar com cifras de até R$ 5,50.

O presidente da Aprosoja, Rui Ottoni Prado, explica que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já acatou o pedido e deverá emitir novo parecer sobre a pauta nos próximos dias, se estipular prazo.

Os mecanismos de apoio à comercialização, leilões e negociações referentes ao endividamento agrícola foram assuntos discutidos na noite de ontem com os sojicultores, que conforme Prado estavam também em busca de esclarecimentos sobre o anúncio da renegociação das dívidas junto ao segmento privado.

Dois novos programas para composição dos preços da soja estão em operação atualmente: o Prêmio de Equalização para o Produtor de Soja (Pepro) e o Prêmio de Equalização da Soja (Pesoja).

O Pepro é o programa em que o produtor compra prêmios e utiliza posteriormente na comercialização de grãos. Já o Pesoja é adquirido pelas empresas do setor, que repassam aos produtores. Elas utilizam o prêmio para comercializar grãos estocados em seus armazéns também.

É chamado de prêmio porque é um valor que o governo federal dá ao produtor, para que ele obtenha o valor referencial, que atualmente é de R$ 22,50 para a região. O que determina o valor de prêmios para cada região é a localização geográfica, considerando vários custos, entre eles, o frete.

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