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Sojicultores de Rio Verde (GO) estão atentos às regras

Alguns produtores buscaram outras alternativas para eliminar as plantas hospedeiras, como colocar o gado nas fazendas para alimentar-se dos restos da cultura


O combate à soja tigüera pode ser feito de duas maneiras, por meio de controle químico, com aplicação de herbicidas, ou mecânico, utilizando máquinas para destruir os restos da lavoura. Mas, em Rio Verde (GO), alguns produtores buscaram outras alternativas para eliminar as plantas hospedeiras, como colocar o gado nas fazendas para alimentar-se dos restos da cultura (foto principal).

Um exemplo é o produtor Jair Leão Júnior, que, logo após colher a soja, deixou alguns carneiros e vacas leiteiras dentro da área, até que toda a tigüera fosse eliminada. Segundo ele, a alternativa ajudou a engordar o rebanho e, em contrapartida, reduziu os gastos com aplicações de produtos químicos. “Fiz uma economia de 20 a 30 reais por hectare em aplicação de herbicida”, comemora.

O fitopatologista e pesquisador do Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde, Dirceu Macagnan, visitou a área e aprovou a iniciativa. “Pelo que se observa houve a destruição total das plantas voluntárias e também das sementes de soja que ficaram depois da colheita.” Para ele, não haverá necessidade de nenhum controle químico ou mecânico na propriedade. “Quanto melhor for a eficiência da eliminação das plantas voluntárias, melhor será o controle da doença quando a cultura for instalada.”, diz o pesquisador, enfatizando a necessidade de evitar que a doença aconteça nos primeiros estágios de desenvolvimento da cultura.

A idéia do produtor Jair também agradou a Agrodefesa, mas o fiscal Murilo Ferreira Queiroz faz um alerta para quem preferir adotar a mesma medida. “Mesmo com a ajuda de animais na eliminação da tigüera, é preciso observar se tudo foi realmente destruído, caso contrário é necessário completar a limpeza da área utilizando herbicidas ou máquinas”.

A tigüera desenvolvida às margens das estradas rurais do município, que não são destruídas por estarem do lado de fora das propriedades, preocupa as entidades agrícolas. Segundo o secretário municipal de agricultura, Paulo Martins, as providências a serem tomadas para eliminação das plantas hospedeiras nesses locais cabem ao agricultor que estiver mais próximo. “O produtor precisa colaborar, já que ele será o primeiro a ser penalizado, uma vez que está perto dos focos de contaminação”, afirma. Já às margens das estradas estaduais, os fiscais da Agrodefesa prometem atuar com rigor.

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