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Sorriso: produtividade de soja convecional chega a 60 sacas/h

Em algumas localidades, o produtor chegou colher 80 sacas/h


Foram apresentados, ontem, no Sindicato Rural de Sorriso, os resultados do Programa Soja Livre da safra 2010/2011. A média de produtividade da cultivar convencional registrada foi acima de 60 sacas por hectare. Em algumas localidades, o produtor chegou colher 80 sacas/h, muito acima das lavouras transgênicas. “As sementes são altamente produtivas e até mesmo superiores as geneticamente modificadas. Mas isto não quer dizer que queremos ‘derrubar’ a transgênica, só queremos que o produtor tenha liberdade de escolha, mostrar para ele que o mercado está se preparando para atender esta demanda”, destacou o coordenador do programa, Clóvis Albuquerque, comemorando os resultados.


A produção foi dividida em uma unidade demonstrativa e em áreas demonstrativas – lavouras comerciais, que ocuparam cerca de cinco hectares. Para o coordenador, os produtores ficaram satisfeitos com a produção.

Na avaliação de Albuquerque, o Brasil é o único país que ainda tem chances de implantar a soja convencional no campo. “Esta é a nossa oportunidade de explorar e tornar o mercado mais competitivo, pois o custo da produção da soja convencional é mais barato e o valor pago pelo grão sempre é superior a commodity”, defendeu. Segundo pesquisa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo por hectare da soja convencional chega a ser cerca de R$ 100 mais barato que da transgênica.

Outra vantagem é de que o mercado também está cada vez mais buscando pelo grão sem alteração genética. Empresas como a Amaggi, Caramuru e Imcopa já estão preferindo a convencional. “Inclusive a esmagadora de soja da Caramuru, instalada em Sorriso, só utiliza do grão convencional para a produção de óleo de soja”, acrescentou Albuquerque. Além da comercialização interna, países como Japão, Coréia e a União Européia também já estão preferido, e até mesmo pagando mais, por grãos convencionais.


Outro fator positivo é de que a soja convencional consegue retardar a possibilidade de resistência do glifosato quanto ao combate de ervas daninhas. E, para atender uma demanda crescente no Estado, a Embrapa já está ampliando a área das sementeiras. “A soja convencional está conquistando cada vez mais adeptos não só no Mato Grosso, como também em Rondônia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, finalizou Albuquerque.

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