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SP: avicultura destaca manutenção da sanidade e projeta expansão para 2016

Status garante venda da produção avícola para mercados internos e externos


A avicultura paulista está encerrando o ano de 2015 com motivos para comemorar, mas sem deixar de lado o desafio da manutenção da sanidade em 2016, garantia de exportação e lucro. A missão foi reforçada durante a confraternização da Associação Paulista de Avicultura (APA), realizada no dia 14 de dezembro, em São Paulo, com a presença do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, enaltecendo o compromisso do Governo do Estado com o setor.

A hora é de comemorar a manutenção de área livre da Influenza Aviária, que teve neste ano 222 focos registrados nos Estados Unidos e forçou o sacrifício de nada menos do que 48 milhões de aves no país. A ameaça da entrada da doença no Brasil, com São Paulo na rota das aves migratórias que carregam o vírus H5N1, foi combatida com informação pela Secretaria, que promoveu em parceria com a APA seminários sobre como prevenir o mal em várias regiões do Estado.

Como ressaltou Fernando Gomes Buchala, titular da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Pasta, “estivemos em Votuporanga, Bastos, Boituva, Orlândia, Registro, Campinas, e conseguimos dessa forma mobilizar todo o setor produtivo para nos mantermos livres dessa doença”. A parceria entre Governo do Estado e Associação Paulista de Avicultura continua no próximo ano para manter a sanidade nos planteis paulistas.

O status sanitário é importante para garantir a venda da produção avícola para os mercados interno e externo. De acordo com estimativa de Érico Antônio Pozzer, presidente da APA, o consumo anual por pessoa é de cerca de 190 ovos e 60 quilos de carne. Balanço do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria, aponta que as exportações do setor garantiram em 2014 à balança comercial do Estado de São Paulo pelo menos R$ 1,5 bilhão.

Valor importante em momentos de economia fragilizada, com o agronegócio como único setor que registra crescimento e lucro, como enumerou Pozzer: “nós temos uma participação de cerca de 50 mil pessoas empregadas com emprego direto no Estado. A avicultura dá mais emprego do que muita montadora por aí”. Ainda conforme o presidente da Associação, essas exportações representam 32% da produção estadual.

Com uma participação tão importante na geração de renda e emprego e no saldo da balança comercial, a avicultura encontra no governador Geraldo Alckmin um valioso e comprometido parceiro, como ressaltou Arnaldo Jardim no evento. “A minha missão aqui é, a pedido do governador, reiterar a alegria dele de ser parceiro da avicultura paulista e da avicultura nacional. O governador soube compreender o papel da avicultura e pediu para dizer a vocês que ele se sente profundamente gratificado, porque a resposta do setor foi pronta, foi uma resposta de não se acomodar, de buscar permanentemente evoluir”, destacou o secretário.

Em 2016
Pozzer prospecta que, para 2016, “a Associação, junto com os órgãos de defesa, continua com a mesma orientação para não se brincar com sanidade, para manter o mais rígido possível os controles de biosseguridade, justamente para não termos surpresa”. O presidente garantiu que “o nosso setor está muito ciente disso”.

Preocupação em sintonia com a CDA. “Sanidade é a palavra de ordem, é um patrimônio. A avicultura é altamente produtiva, tem parâmetros de produção muito apertados. Ela não tem margens para que doenças convivam com seus rebanhos e venham a afetar a produtividade”, pontuou Buchala, destacando que a Secretaria tem se atentado cada vez mais para essa questão e continuará sendo parceira da APA.

Outra atenção especial dos avicultores para o próximo ano será também aos custos de produção, elevados pelo Dólar valorizado frente ao Real, que aumenta o preço das principais matérias-primas do setor: o milho e a soja. Pozzer explicou que isso significa um produto sendo vendido “a um preço que dê alguma margem de lucro”. Por isso, todos os produtores devem avaliar bem a questão de produção para não ter prejuízo em vez de ganho.

Principalmente com as boas perspectivas de aumento no volume de exportações avícolas para atender à crescente demanda mundial por alimentos. Arnaldo Jardim lembrou da importância do Brasil do ponto de vista de proteína animal no mundo e prospectou um crescimento da participação brasileira no comércio mundial. “Se este já é um papel absolutamente relevante, será ainda mais crescente, todos nós temos certeza disso. Quero cumprimentá-los por este ano e dizer da certeza de que o cenário dos próximos anos indica um papel ainda mais relevante e crescente à avicultura paulista e nacional”, finalizou o secretário.

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