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Stephanes elogia medidas do governo do Paraná para impulsionar a produção de trigo

O Paraná é o maior produtor de trigo do Brasil, sendo responsável por 52% da produção nacional


O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinold Stephanes, também participou da abertura do 15º Congresso Internacional do Trigo, aberto na noite de domingo (19) em Curitiba. Segundo ele, o governador Roberto Requião tem tomado todas as iniciativas possíveis, em âmbito estadual, para alavancar a produção de trigo.

Ele sinalizou que o Paraná poderá contar com os apoios necessários do Governo Federal. “As colocações do governador são precisas, objetivas e tiveram grande receptividade. Nessa safra, o Paraná aumentou 50% da sua produção de trigo, que é um salto extraordinário. Mas, para um programa de auto-suficiência, como o governador anunciou, devemos contar com uma previsão de 4 ou 5 anos para que isso se concretize. Se continuar crescendo firmemente 5% a 10% ao ano, será um crescimento excepcional”, disse Stephanes.

O Paraná é o maior produtor de trigo do Brasil, sendo responsável por 52% da produção nacional. Na safra de 2008, a produtividade média da triticultura paranaense bateu novo recorde, 2,65 mil quilos por hectare. O estado conta com 53 moinhos e uma capacidade de armazenagem de 24 milhões de toneladas. Uma infra-estrutura que comporta um fortíssimo incremento da produção.

Na área fiscal, o Governo do Paraná proporciona uma série de incentivos nas operações internas de venda ao consumidor, como a alíquota zero de ICMS. Para os fabricantes de farinha de trigo, e para as demais unidades da Federação, existe um crédito presumido que varia de 5% a 10% o sobre o valor da saída. Ainda na área fiscal, cite-se a medida de redução de imposto para restabelecer o equilíbrio, depois que São Paulo zerou o imposto de importação do trigo, favorecendo a Argentina e prejudicando os paranaenses.

Em 2003, o Brasil importou 24,176 mil toneladas de farinha de trigo. Em 2007, as importações pularam para 625,729 mil toneladas. Quase tudo da Argentina. “Na verdade, com os nossos vizinhos latino-americanos não queremos uma competição predatória. Queremos integração e que a segurança alimentar para o nosso continente seja uma frente comum”, garantiu Requião.

O governador acrescentou que gostaria de ver os moinhos contratando a compra da produção nacional antes da safra. “Acredito que os moinhos entendam perfeitamente que o avanço da triticultura depende muito de sua colaboração. Oferecemos a garantia aos nossos produtores de que o Governo do Paraná continuará investindo em pesquisas e experimentos, colocando à disposição variedades de trigo cada vez melhores, mais resistentes, mais produtivas”, sinalizou.

Outra medida anunciada pelo governador foi a redução das tarifas do transporte de cabotagem, para que o trigo possa ser posto a preços competitivos nas regiões norte e nordeste do país. O governo do estado também reivindica a adoção de remuneração ao produtor que, no mínimo, cubra o custo variável da lavoura, hoje estimado em 29 reais e 34 centavos por saca.

De acordo com o Secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento, Walter Bianchini, o consumo brasileiro de trigo, por ano é de 10,750 milhões de toneladas e a produção desse ano será de 5,4 milhões de tonelada, pouco mais de 50% da demanda nacional. “Tudo o que proteja e estimule o produtor paranaense, na busca do aumento da produção e da auto-suficiência, faz-se em favor dos brasileiros. Buscamos a segurança alimentar e faremos todas as parcerias necessárias entre o Governo Estadual e Federal”.

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