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Subproduto do sisal pode ser usado na construção de casas populares

O projeto, já implantado em países da Europa, Ásia e África, com a utilização de palhas do trigo, será colocado em prática de forma pioneira no Brasil com o sisal


Apresentar um projeto revolucionário para construção de casas populares ecologicamente corretas, utilizando a bucha, subproduto do sisal, e discutir a possível implantação de uma fábrica na região de Conceição do Coité para beneficiamento do produto. Esses foram os motivos da visita do empresário alemão Bernhard Heming, na manhã de quinta-feira (1), ao gabinete do secretário da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, instalado no Parque de Exposições de Salvador, onde está acontecendo, até domingo, (4), a Fenagro 2011. O projeto, já implantado em países da Europa, Ásia e África, com a utilização de palhas do trigo, será colocado em prática de forma pioneira no Brasil com o sisal.


De acordo com Bernhard Heming, experimentos bem sucedidos foram feitos com a cana de açúcar, no qual foi comprovada a presença da substância lignina, espécie de cola natural que serve para o processo de prensagem do material utilizado na construção das casas. O secretário falou da possibilidade do uso do sisal, salientando que a Bahia é o maior produtor no mundo. “Só se utiliza hoje apenas 4% do sisal. O Estado tem a possibilidade de discutir com o Ministério das Cidades a utilização desse material nas casas populares do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal”, afirma.

Salles falou da implantação de uma fábrica para beneficiamento da fibra na maior região produtora, Conceição do Coité, gerando emprego e renda aos produtores, salientando ainda que o projeto pode ser colocado em prática para a Copa de 2014, como possibilidade de apoio para os atletas, ampliando a oferta de hospedagem.


Após o encontro, Bernhard Heming conheceu o estande da cadeia produtiva do sisal, onde os técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, EBDA, mostraram todo o processo desde o plantio até beneficiamento do sisal.

Para o técnico Agnaldo Araújo, da gerência de Conceição do Coité, a vinda de uma fábrica para beneficiamento do produto é uma saída para os produtores da região no aproveitamento da fibra. Bernhard Heming falou que o produto é de boa qualidade e levou uma amostra da bucha para estudos de viabilidade na Alemanha.

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