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Sucesso em exportação de frutas e produção de sementes em Minas

Foram preparados cerca de 1.650 lotes com perspectiva de chegar a 1.800 até o final desse ano. Ao todo são 24 mil hectares irrigáveis


Prestes a concluir o assentamento das áreas para produção na Etapa I do Projeto Jaíba, a Codevasf -Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba - espera que o produtor mantenha os olhos voltados para o mercado. Nessa Etapa foram preparados cerca de 1.650 lotes com perspectiva de chegar a 1.800 até o final desse ano. Ao todo são 24 mil hectares irrigáveis que já tem toda sua estrutura montada. Pronta para o trabalho. Sendo que faltam apenas 8 mil hectares a serem licitados de um total 2.900.


Para Paulo Roberto de Carvalho, gerente de Infraestrutura e Irrigação da Codevasf-, o Jaíba tem avançado nos últimos anos. Com a promessa de trabalho integrado entre pequenos e grandes produtores, o desenvolvimento bateu a porta do perímetro irrigado que sofreu com a baixa margem de lucros alcançada pelos agricultores.

O fato novo foi a percepção de que é preciso trabalhar em conjunto para chegar forte ao mercado como prevê o associativismo, o az da manga da Emater há três anos no local. Outro fator preponderante foi observar que só é possível alcançar o sucesso na agricultura colocando a pesquisa à frente.

Hoje, segundo dados da Companhia, o Jaíba tornou-se um dos maiores produtores de sementes de hortaliça do Brasil sem contar que já existem produtores que se reuniram em associações para exportar limão e pensar em organizar cadeias produtivas como a da manga e da banana. Essa última, vedete durante anos nas propriedades rurais dos jaibenses. Como o mercado não precisa só de um produto, os produtores orientados pelas pesquisas da Embrapa e da Epamig, custeadas em algumas vezes pela Codevasf e outras pelo Banco do Nordeste aprenderam que é preciso diversificar para sair ganhando no final das contas. Ou melhor, no final das colheitas.

Outros assuntos também têm interessado os produtores. Com a parceria entre Emater e Codevasf está sendo possível levar educação aos adultos que nem pensavam um dia poder estudar novamente. Isso é realidade, porque todas as noites os produtores cadastrados no EJA- Educação para Adultos são motivados a irem a escola aprender a ler, a assinar o nome, e enfim, sentir orgulho de si mesmos.


- Temos 30 técnicos de nível superior que cuidam de todas as etapas da produção até a segurança alimentar, higiene, saúde, alfabetização de adultos a custo zero para o produtor. Ações de associativismo, visando à comercialização de produtos, como tem acontecido com uma parte dos produtores que estão exportando limão também são estratégias de desenvolvimento no entender da Codevasf, diz Carvalho.

Desenvolvimento

De acordo com o superintendente da Companhia em Minas Gerais, Anderson Chaves foram aplicados recursos da ordem de R$20 milhões nos últimos três anos no perímetro irrigado do Jaíba. Sendo que os mesmos foram aplicados em obras de infraestrutura e capacitação de produtores, além de assistência técnica.

Anderson se diz animado com as perspectivas de desenvolvimento, especialmente da Etapa II, onde empresas como a Pomar Brasil e a Sada Energética se instalaram. Mas

O que tem de se comemorar mesmo em sua visão, é que com base em acordo de integração firmado com a Companhia, os pequenos produtores também sairão lucrando, porque as grandes empresas vão trabalhar em parceria com eles.

- Essa será uma alternativa de exploração dos lotes para aqueles produtores que pretendem se organizar para entrar para o mercado competitivo seja plantando pinhão manso, cana de açúcar, ou investindo em fruticultura. Acreditamos que essas iniciativas é que favorecerão o produtor. Seja ele grande ou pequeno, salienta.

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