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Suinocultores estão atentos com a queda no preço de suíno vivo

Baixa nos valores era prevista para o período, mas setor segue alerta


Com grande parte dos estados vendendo o suíno vivo a menos de R$ 3,00 o quilo e quedas observadas em todos os meses de 2013 – principalmente nas últimas semanas de abril a e primeira semana de maio –, os suinocultores estão alertas. O patamar de valores, em termos nominais, ainda é maior que o verificado em todos os meses de abril de anos anteriores, considerando-se a série histórica do Cepea, iniciada em 2004, os suinocultores temem viver outra crise como em 2012.

No Sul do país, o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, revela que a situação se agravou nos últimos 30 dias. “Hoje, o produtor já trabalha com prejuízos, sem margem alguma. O custo de produção está na casa de R$ 2,65 e, mesmo com a baixa do preço do milho e o farelo de soja, o custo não está abaixo disso”, diz. Folador acrescenta que a queda nos preços dos suínos foi uma das consequências da suspensão da compra de carne suína brasileira pela Ucrânia.

Em São Paulo o quilo do suíno vivo está R$ 2,56, uma queda de R$ 0,53 centavos comparado há três semanas. Já em Minas Gerais o preço está instável, variando de R$ 2,70/kg a R$ 3,00/kg. No Distrito Federal o preço caiu R$ 0,30 centavos comparado a há duas semanas. Segundo pesquisas, o feriado do dia das mães pode trazer melhoras no mercado de suínos, mas para o diretor executivo da ABCS, Fabiano Coser, o que pode alavancar a compra de carne suína é inicio de mês e o fator climático. “O clima frio do dia das mães abre portas para a carne suína na mesa do consumidor, mas infelizmente isso não se reflete tanto para o produtor na questão de preço de venda”, encerra.

Segundo o Cepea, no mercado de insumos, a previsão de safra recorde de milho no Brasil tem pressionado as cotações do grão. Em relação ao farelo de soja, a safra nacional do grão também em patamar recorde e problemas de estocagem e de transporte têm influenciado quedas nas cotações do derivado. Nesse cenário, o poder de compra do suinocultor frente ao milho e ao farelo de soja está melhor que em abril do ano passado.

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