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Suínos/CEPEA: Embarques maiores sinalizam que a “questão” era a oferta

Somente a partir de 20 de junho os preços da carcaça suína pararam de cair no atacado


Os embarques de carne suína aumentaram de maio para junho, contrariando as expectativas de agentes do setor, que acreditavam em recuo das exportações devido à suspensão das compras da Rússia e da Ucrânia já nesse mês. Segundo pesquisadores do Cepea, se antes da divulgação desses resultados, a suspeita era de que a queda dos preços da carne no mercado doméstico decorria da frustração dos embarques, agora, a constatação é que o volume de animais abatidos foi muito elevado. As quedas sucessivas do preço ao produtor combinadas com os custos relativamente altos de produção ajudariam a entender a oferta relativamente concentrada de animais para abate – o que pode, por outro lado, reduzir a disponibilidade nos meses seguintes. A partir dos dados da Secex, constata-se que mesmo com o aumento dos embarques e considerando-se que o consumidor brasileiro teria aumentado o consumo devido aos preços mais baixos dessa carne, justamente no inverno, a oferta interna excedeu o consumo até meados de junho.
Conforme levantamentos do Cepea, somente a partir de 20 de junho os preços da carcaça suína pararam de cair no atacado, ou seja, deram sinal de que a oferta passava a se ajustar à demanda. Uma boa notícia é a retomada das exportações brasileiras para a África do Sul. O embargo vinha desde 2005, quando ocorreram focos de febre aftosa bovina no Brasil. A reabertura, portanto, veio num momento de fundamental necessidade de diversificação dos parceiros comerciais do Brasil neste setor.

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