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Superalimento é cultivado com sucesso na Argentina

Além disso, tem a vantagem de ser adequado para celíacos


Foto: Marcel Oliveira

Uma cultura milenar e considerada como superalimento está sendo cultivada na Argentina, e com sucesso. De acordo com o portal local Agrofy, o Teff tornou-se recentemente um dos cereais mais na moda internacionalmente devido às suas extensas propriedades, já que é rico em fibras, cálcio, ferro e proteínas. 

“A realidade é que foi um processo bastante longo. Primeiro, era saber do que se tratava esse tipo de cultura, se podia ou não ser produzida no nosso campo e aí percebemos que era viável. A maior complexidade está na sua colheita, já que é a menor semente do mundo: 3.000 sementes por grama . Aí começou a fase de ver como a gente conseguia a semente desse cereal, porque na Argentina não tinha, e tínhamos que ir buscá- la nos Estados Unidos com autorização do Senasa . Esse foi o nosso primeiro grande passo rumo a esse sonho de produzir alimentos saudáveis”, disse Carina Margaría, que junto com seu sócio, David Kiesewetter, trouxe o cereal. 

Ele é uma semente muito nutritiva, da Etiópia, onde sua farinha é o ingrediente principal da ínyera (ou injera), o pão etíope. Lá, é tão importante que sua exportação é proibida. Não é um alimento novo. Foi consumido por 5.000 anos, embora agora tenha invadido as cozinhas europeias e americanas com força, tirando o título de superalimento da quinoa e da espelta.  

Além disso, tem a vantagem de ser adequado para celíacos, uma vez que não contém glúten. E suas proteínas são muito saudáveis, comparáveis às da clara do ovo. Teff contém um alto nível de lisina, um aminoácido essencial que ajuda a metabolizar o cálcio e mantém a pele lisa e jovem. 

“ Conheci o Teff em uma feira de alimentos na Europa . Lá comecei a pensar um pouco em como desenvolvê-lo na minha área, com a preocupação de poder oferecê-lo no mercado local, em formato de farinha”, disse Carina. “Após o longo processo de pesquisa que determinou a adaptação do Teff em nossa área, começamos a pensar em fazer algo diferente, complementando o tradicional com esta cultura”, acrescentou. 

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