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Superenzima come plástico 6x mais rápido

Pesquisa vem sendo feita no Reino Unido


Foto: Pixabay

O plástico poluiu todo o planeta, desde o Ártico até os oceanos mais profundos, e agora se sabe que as pessoas consomem e respiram partículas microplásticas. Ainda assim, não foi encontrada uma maneira simples e eficiente de decompor as garrafas plásticas em seus componentes químicos, o que permite que o material seja reciclado, o que significa que mais plásticos à base de petróleo são criados a cada ano. 

Enquanto isso, quebrar o plástico é uma alternativa que aliviaria o problema até que o plástico pudesse ser totalmente recuperado. E é isso que um grupo de cientistas japoneses está conseguindo. 

Seus avanços têm origem em 2016, quando encontraram uma espécie de bactéria que se alimentava dos plásticos dos lixões. Esses microrganismos foram capazes de quebrar as ligações moleculares de um dos plásticos mais utilizados no mundo: o tereftalato de polietileno, também conhecido como PET ou poliéster. 

Em 2018, os cientistas conseguiram revelar a estrutura detalhada da enzima crucial e, por meio da biotecnologia, produziram uma versão aprimorada que corrói o plástico mais rapidamente. E agora, segundo o britânico The Guardian, eles deram um novo passo, ao juntar duas enzimas diferentes desse microrganismo, chegando a uma superenzima capaz de degradar garrafas plásticas seis vezes mais rápido que as anteriores. Especula-se que eles poderiam estar disponíveis em um ou dois anos. 

A superzima, derivada de bactérias que desenvolveram naturalmente a capacidade de comer plástico, permitiria que as garrafas fossem totalmente recicladas. Os cientistas acreditam que combiná-lo com enzimas que decompõem o algodão poderia tornar possível a reciclagem de roupas de tecidos mistos. Hoje, milhões de toneladas desse tipo de roupa são despejadas em aterros ou incineradas. 

"Quando ligamos as enzimas, de forma bastante inesperada, obtivemos um aumento dramático na atividade", disse o professor John McGeehan, da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido. “Essa é uma trajetória para tentar produzir enzimas mais rápidas e mais relevantes industrialmente. Mas também é uma daquelas histórias sobre aprender com a natureza e depois levar para o laboratório”, conclui. 

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