A missão catarinense à Rússia, marcada para iniciar a partir desta quarta-feira, foi cancelada por representantes do governo russo. A alegação é que o país se recusa a receber qualquer missão brasileira até que o Ministério da Agricultura envie "respostas concretas às preocupações russas" sobre o surto de febre aftosa que contaminou o rebanho bovino do Brasil no ano passado.
A alegação está inserida em um documento entregue na última quinta-feira pela encarregada de Negócios Internacionais, Kátia Grabrerte, ao secretário estadual de Articulação Internacional, Roberto Colin (PMDB). O documento foi assinado pelos representantes russos Ievgeni Nepoklonovi e Alexander Ponomarev.
Conforme o relato do documento, as informações repassadas por representantes de Santa Catarina aos russos sobre o mal de Aujeszky, cujos focos foram encontrados no rebanho catarinense, foram satisfatórios. O que os russos esperam é um retorno do Ministério sobre o combate à aftosa. Em resumo, foi o "quadro dificultado pela permanente negativa do Ministério da Agricultura em oferecer esclarecimentos à embaixada", segundo relataram os representantes russos, a explicação para a negativa aos catarinenses. Nesta semana, o secretário estadual de Agricultura, Moacir Sopelsa (PMDB), viaja à Brasília para pedir ao ministro Roberto Rodrigues que envie as solicitações requeridas pelos russos.