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Suzano vê chance de alta para preço de celulose

Os preços da celulose de fibra curta no mercado devem se manter estáveis nos próximos meses


SÃO PAULO (Reuters) - Os preços da celulose de fibra curta no mercado devem se manter estáveis nos próximos meses ou até mesmo registrar alta, diante dos estoques abaixo da média histórica e os recentes aumentos da celulose de fibra longa, avaliou o presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto.

O presidente da Suzano explicou que a relação entre os preços da fibra longa --produzida a partir do pinus-- e da fibra curta, no Brasil produzida a partir do eucalipto, está em cerca de 160 dólares.

"Quando ocorre isso normalmente começa a ter bastante substituição, passa-se mais a usar a fibra curta, e aí tem uma tendência de diminuição dos estoques", explicou.

"Para frente, a tendência são de patamares (de preço) estáveis ou mais altos. Não estou dizendo que os preços vão subir porque nós estamos ainda no início do mês", disse o presidente.

A Suzano anunciou na manhã desta quarta-feira que registrou no primeiro trimestre lucro de 144 milhões de reais, avanço de 17 por cento em relação ao mesmo período do ano passado.

A companhia apurou no período relação entre dívida líquida e Ebitda de 3,3 vezes e para o segundo trimestre a estimativa é de redução da taxa, diante da incorporação dos números totais da Conpacel, cuja metade foi adquirida da Fibria, e pela operação de debêntures conversíveis em ações de 1,2 bilhão de reais, cuja conclusão está prevista para acontecer até o final de junho.

"A tendência no curto prazo é de redução de alavancagem", disse Maciel nesta quarta-feira em teleconferência com jornalistas sobre os resultados.

"No curto prazo vai cair bastante e a medida que for avançando com os investimentos vai aumentar novamente até o final do ano", disse Maciel, referindo-se ao plano de investimentos da companhia, que prevê a construção de uma unidade no Maranhão, uma no Piauí e uma terceira em local ainda não definido.

Segundo o diretor financeiro da Suzano, Bernardo Szpigel, a meta de relação entre dívida líquida e Ebitda de 3,5 por cento "a gente admite quando estamos com um projeto de crescimento. Sem projeto... a gente fica entre 1,5 vez e duas vezes."

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