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Syngenta alerta para escassez de alimentos sem uso de defensivos

Uso de pesticidas sofre grande pressão de órgãos ambientais e ativistas


Uma das maiores produtoras de pesticidas do mundo, a Syngenta, diz que rejeitar os pesticidas pode gerar sérias consequências no que se refere a escassez de alimentos nos próximos 20 anos. De acordo com J Erik Fyrwald, CEO da empresa, o mesmo problema deve acontecer se as culturas geneticamente modificadas forem evitadas. 

O uso generalizado de pesticidas em lavouras está sofrendo uma forte pressão dos órgãos ambientais, a própria União Europeia (UE) chegou a suspender o uso de inseticidas neonicotinóides e deu ao glifosato um período de renovação mais curto do que o esperado. Entretanto, Fyrwald explica que as tecnologias que possibilitam o cultivo de mais alimentos em uma menor área são vitais para a alimentação mundial já que até 2050 a população deve aumentar em 1,5 bilhão e o aquecimento global não deve parar de gerar consequências. 

“Se não melhorarmos com a tecnologia que ajuda a alimentar o mundo com menos emissões de gases do efeito estufa, acho que teremos problemas de disponibilidade de alimentos e o clima vai piorar muito com a agricultura. Pode muito bem haver, daqui a 10 a 20 anos, problemas significativos em torno da alimentação do mundo", alerta. 

Recentemente um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) chamou de "mito" a afirmação de que a agricultura necessita de pesticidas para produzir alimentos e publicou um estudo comprovando que pode ocorrer uma diminuição no uso de defensivos no campo. Fyrwald  discorda, para ele o uso desse tipo de recurso deve vai diminuir a medida que a tecnologia agrícola vai evoluindo. 

“Absolutamente, e eles vão fazer isso porque as novas tecnologias são mais direcionadas. A tecnologia digital permitirá a agricultura de precisão, onde estará pulverizando muito mais onde estão as ervas daninhas, os insetos e as doenças. Acreditamos na regulamentação, se eles decidirem que um produto não está certo, aceitamos plenamente essa decisão e seguimos em frente", conclui. 

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