Tabaco é produzido de forma sustentável, diz sindicato

O presidente do Sinditabaco, Ivo Schunke, afirma que um dos objetivos da entidade é demonstrar ao público que os produtores de fumo praticam uma agricultura preocupada com questões ambientais e sociais. “Os clientes querem saber como o tabaco é produzido. Eles buscam algo que seja feito de modo sustentável, e nós queremos mostrar para o mundo que o tabaco é produzido assim”, sustenta.
 
A entidade realiza periodicamente, junto aos produtores e à comunidade, seminários do “Ciclo de Conscientização”, além de encontros com as equipes de campo das empresas associadas para fortalecer a consciência sustentável. Um dos pontos fundamentais é o treinamento para a utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual) na aplicação de defensivos. Outro trabalho realizado pelo sindicato é o de erradicação do trabalho infantil.

“Nós evoluímos muito em variedades de tabaco e em práticas culturais. E o produtor, felizmente, foi acompanhando esse processo, graças ao sistema integrado de produção, que é essa ligação entre os produtores e as empresas, e que permitiu que eles utilizem técnicas novas que surgiram e continuarão vindo”, diz Schunke. 

O Brasil é o segundo maior produtor de tabaco do mundo, e o principal exportador global. A Região Sul responde por 96% da produção do País, com 704 municípios, 187 mil famílias e 30 mil empregos diretos. Só o Rio Grande do Sul detém 53% da produção nacional. Em média, o fumo ocupa 15% da área das propriedades rurais – constituindo-se em alternativa de diversificação para pequenas propriedades ou agricultores familiares, uma vez que não coincide com as safras de soja e milho.