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Taxas subsidiadas a todos os produtores acabarão

Hora de buscar alternativas



O diretor do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle do Banco Central, Claudio Filgueiras Pacheco, fez um importante alerta sobre o sistema de crédito rural brasileiro durante uma palestra organizada pelo Sicoob-Credicitrus no início da semana. Para Pacheco, o sistema com liberação de empréstimos a taxas subsidiadas para a totalidade dos produtores não deve perdurar no tempo. Esses empréstimos geralmente são utilizado para investidos de longo prazo, como maquinário, mas também para custeio.

A modificação no sistema teria de acontecer porque o volume de compras feitas com depósitos à vista nos últimos cinco anos diminuiu e estes financiam a liberação de recursos. Segundo Pacheco, outro aspecto é que nem todos os produtores necessitam desse tipo de financiamento. “O grande produtor rural que contrata crédito de R$ 800 milhões precisa da mão do Estado como o pequeno que financia R$ 50 mil?”, questionou o dirigente do BC.

Na avaliação de Pacheco, a função do estado é colocar um marco regulatório que permite que o mercado funcione. No entanto, nem sempre seria adequado subsidiadas a qualquer agricultor. A solução do dirigente do BC é minimizar os trâmites para obtenção de crédito, aumentar o uso da tecnologia e reduzir os custos de observância e vigilância.

Ele ainda ressalta que há muitas possibilidades do produtor financiar-se de outras formas que não a taxas subsidiadas pelo governo. Um exemplo utilizado por Pacheco é que as 420 cooperativas que operam crédito rural representam apenas 14% do crédito disponibilizado no mercado e as cooperativas só pegam emprestado 2,7% dos recursos nas cooperativas de crédito.

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