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Técnica visa o uso racional de adubos

AP visa aplicar o produto onde o solo realmente precisa


Por meio de dados específicos de áreas geograficamente referenciadas, é possível implantar o processo de automação agrícola dosando adubos e defensivos

A cada dia novos equipamentos tecnológicos são lançados ao mercado com o objetivo de aumentar a eficiência de trabalho na agricultura, trazendo mais rentabilidade e conforto ao campo. A Agricultura de Precisão (AP) é uma delas, a prática agrícola na qual se utiliza tecnologia de informação baseada no princípio da variabilidade do solo. A partir de dados específicos de áreas geograficamente referenciadas, é possível implantar o processo de automação agrícola dosando adubos e defensivos. “A agricultura de precisão visa auxiliar técnicos e produtores rurais na busca das melhores opções quanto ao uso mais eficiente de corretivos e fertilizantes em suas lavouras”, explica o engenheiro agrônomo Auro Bedretchuk.


USO RACIONAL

A agricultura de precisão é toda prática de interferência com a finalidade de estabelecer condições ideais às espécies cultivadas na agricultura, sejam químicas, físicas ou biológicas, e se utiliza da geoestatística, que é a analise de dados de amostras georreferenciadas. “O método entende que cada ponto de amostra é único e procura a correlação entre as amostras vizinhas”, comenta. De acordo com Bedretchuk a agricultura de precisão tem por objetivo a redução dos custos de produção, a diminuição da contaminação da natureza pelos defensivos utilizados e o aumento da produtividade. “A vantagem é em função da rentabilidade, pois o processo visa retornar parte do que planta retira do solo”, diz. Segundo o engenheiro agrônomo, a planta extrai nutrientes do solo, que voltam para o solo em forma de palhada. “A agricultura de precisão permite o uso racional do adubo, no qual o produto só irá ser aplicado onde o solo realmente precisa”, comenta. Para ele, a técnica é sustentável. O custo médio é de R$120 por hectare, ou seja, duas a três sacas de soja.

FERRAMENTAS

As ferramentas que possibilitaram o desenvolvimento deste tipo de agricultura foram os microprocessadores e os aparelhos de posicionamento global por satélite (GPS), que acoplados a colheitadeiras, semeadoras e outros implementos agrícolas, permitem o levantamento de dados, sua tabulação cumulativa e a aplicação dosada e localizada de insumos. Outro tipo de ferramenta fundamental para a agricultura de precisão são os softwares de Sistema de Informação Geográfica (SIG). Segundo Bedretchuk, por meio da análise de solos de vários pontos georreferenciados é possível gerar um mapa de fertilidade do solo e aplicar adubos em níveis adequados de macro e micro nutrientes. “A máquina programa uma taxa variável com uma aplicação georrefenciada.”

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