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Técnicas aumentam eficiência de fertilizantes

Aplicações localizadas ou antecipadas, assim como rotação de culturas e outros cuidados de manejo, garantem o sucesso da lavoura


Aplicações localizadas ou antecipadas, assim como rotação de culturas e outros cuidados de manejo, garantem o sucesso da lavoura

Para tentar aumentar a produtividade, muitos produtores investem em fertilizantes, aumentando cada vez mais as doses. Mas, segundo o especialista em geoprocessamento e diretor da Tecfértil José Francisco da Cunha, em vez de simplesmente aumentar a quantidade de fertilizantes, os agricultores devem buscar um sistema produtivo adequado. Com o objetivo de auxiliar os produtores, o especialista abordou o tema “Fertilizantes: quando, onde e como aplicar” na última Passarela da soja, que aconteceu no dia 12, em Roda Velha, na Bahia. Mas, de acordo com José Francisco, os fertilizantes continuam sendo necessários.

– Normalmente, os solos brasileiros são muito pobres, sendo necessário o uso de fertilizantes. De um modo geral, o modo de aplicação do fertilizante pode ser muito variado. Em solos com fertilidade já construída e bom sistema de produção, pode-se usar a reposição dos nutrientes que são exportados. Então, pode-se fazer a antecipação da adubação em uma cultura, visando o resíduo que ela deixa para a cultura seguinte e assim por diante – explica Cunha.

O diretor diz ainda que, em solos com boa fertilidade, os produtores podem realizar a adubação a lanço. Já em relação a outros elementos, pode-se complementar a nutrição via foliar. Ambos tornam mais eficiente o uso de fertilizantes.

– Em solos com fertilidade muito baixa, o mais comum é fazer a adubação no momento do plantio da cultura. Entretanto, existem sistemas mais eficientes, através dos quais podemos antecipar o uso dos fertilizantes, sendo aplicados a lanço, com menos custos operacionais, ou na cultura que antecedeu, alcançando um maior desempenho das duas – afirma.

Existem ainda formas de otimizar o aproveitamento do solo. Para o especialista, o maior cuidado que o produtor deve ter é em relação ao uso de ureia. Ele explica que a ureia deve ser enterrada a 5 cm abaixo do solo e aplicada em condições onde haja, pelo menos, 20 mm de chuva. Isso faz com que a própria água incorpore o fertilizante no solo e evita perdas.

– Com relação ao fósforo, em solos de fertilidade alta, as perdas são praticamente mínimas, pois se trabalha com a reposição do que as plantas levam embora na hora da colheita. Portanto, se o solo é pobre, a recomendação é que se aplique o fertilizante localizado, minimizando as perdas. Porém, se o solo já tiver fertilidade boa, a aplicação pode ser a lanço antecipado – afirma José Francisco.

No caso do potássio, em condições favoráveis para sua perda, como solos arenosos e alta precipitação, é necessário fazer seu parcelamento, segundo o especialista. Já para ganhar eficiência, é importante conseguir produzir bastante palha através de milho com alta produtividade ou introdução das braquiárias, que incorporaram o potássio que naturalmente é perdido. O diretor destaca então a preocupação que o produtor deve ter em buscar um sistema produtivo que possa proporcionar condições de atingir altas produtividades.

– Não são somente os fertilizantes que proporcionam isso. Só o aumento da dose de fertilizante não vai proporcionar o aumento da produtividade se você tiver outros fatores limitantes, como o impedimento físico do solo para o crescimento de raízes ou impedimento devido a uma possível calagem que não está corrigindo adequadamente o solo. Então, o mais importante é que possamos fazer rotação de culturas com sistemas que maximizem as reservas de nutrientes no solo – orienta.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Tecfértil através do número (19) 3836-2261.

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