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Técnicas de Integração se destacam em unidades de Tapira

Além de Tapira, mais sete municípios da regional de Uberaba receberam insumos


Município fica na área de atuação da Emater-MG de Uberaba. Além de Tapira, mais sete municípios da regional de Uberaba receberam insumos

A experiência de três unidades demonstrativas de Fomento à Floresta Plantada (FFP), em Tapira, no Triângulo Mineiro, é exemplo de como é possível conciliar diferentes práticas agropecuárias numa mesma área, tendo como base o sistema de Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). O sistema é constituído do consorcio de duas ou três atividades do tipo: lavoura, criação de gado e floresta. 

“Normalmente floresta de eucalipto, combinado com o plantio de milho ou sorgo e pastagem” explica o coordenador regional de Pecuária da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Wilson Marajó. Segundo Marajó, além de Tapira, mais sete municípios da regional Emater-MG de Uberaba receberam insumos da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e implantaram unidades de ILPF e FFP. 

Para o coordenador, a crescente demanda mundial por alimentos e energia, e a necessidade de atividades humanas sustentáveis, colocam a ILPF como uma poderosa ferramenta à disposição do setor produtivo e da sociedade, cooperando para a segurança alimentar e energética do Brasil. A ideia é compartilhada pelo colega do escritório local de Tapira, Márcio Rodrigues de Souza, que acompanha o bom desempenho das unidades de ILPF instaladas do município. Duas delas, no projeto de assentamento Nova Bom Jardim, que abriga 20 famílias nos lotes dos agricultores Diogo Morais Ribeiro e Gonçalo Augusto de Souza. A outra unidade demonstrativa é na propriedade de 76 hectares do agricultor familiar Agenor Tadeu, na comunidade de Alto da Serra. “O objetivo é estimular o produtor a produzir madeira para seu próprio consumo, vender o excedente a ao mesmo tempo produzir gado leiteiro”, informa Rodrigues. 

Segundo o extensionista de Tapira, no assentamento Nova Bom Jardim e na propriedade de Agenor Tadeu, a iniciativa envolveu não apenas a Seapa, que patrocinou os adubos e fertilizantes, e a Emater-MG que fez e ainda faz o serviço técnico, mas também a participação de uma empresa de reflorestamento, no primeiro ano de plantio dos eucaliptos. “Foi uma parceria no acompanhamento das árvores”, disse. De acordo com Márcio Rodrigues, a maior parte dos agricultores familiares de Tapira atua na bovinocultura de leite e que, por isso, o plantio de eucalipto com pastagem é bom para a atividade. “O eucalipto melhora o conforto térmico do animal e a tendência é isso se reverter em uma boa produção de leite”, explica. 

Ainda conforme o técnico da Emater-MG local, o município de Tapira tem uma economia rural diversificada, com o cultivo de milho, soja, feijão e batata, além de eucalipto e floricultura, praticada por uma grande empresa da América Latina. “Mas na propriedade familiar, o forte em Tapira é a bovinocultura de leite”, informa, acrescentando que cerca de 700 agricultores familiares do município estão cadastrados na Emater-MG. Rodrigues adianta que para falar da boa experiência das unidades demonstrativas da Tapira, o escritório da Emater-MG local já planeja a realização de dias de campo, no final de abril. 

“O objetivo é estimular os demais produtores e para isso, vamos começar a realizar dias de campo nestas unidades, no final de abril, tendo como público-alvo produtores e agricultores familiares. Acreditamos que o produtor pode produzir na mesma área, madeira para uso próprio e venda do excedente, assim como gado de leite e corte”, argumenta.

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