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Técnicos avaliam perdas na soja no Mato Grosso do Sul

Em lavouras da região Sul, onde está concentrada 65% da área, as perdas estão consolidadas


Foto: Casa da Lavoura de Dourados

Diferente das primeiras estimativas que davam conta de que Mato Grosso do Sul pudesse atingir produtividade de até 58 sc/ha, o que novamente seria uma safra recorde considerando ainda a área plantada que é a maior da história (com 3,8 milhões de hectares), hoje o setor trabalha com a probabilidade de quebra devido à estiagem e busca apoio do Governo Federal para reduzir os impactos junto ao setor produtivo e na economia.

De acordo com o Secretário Jaime Verruck, da Semagro, os técnicos estão a campo para fazer um estudo, mas o que se sabe até o momento é que em lavouras da região Sul (onde estão concentras 65% da área plantada com soja) as perdas estão consolidadas.

O Monitor de Seca da ANA (Agência Nacional de Água) indica que todos os municípios de Mato Grosso do Sul estão enfrentando seca de moderada a extrema e as chuvas estão entre 40% a 50% abaixo da média histórica e a tendência é essa situação perdurar até março. Após reunir-se com as diretorias da Famasul e Aprosoja, o governador Reinaldo Azambuja, decretou situação de emergência nas 79 cidades do Estado, em função da seca e estiagem.

A escassez de chuvas não ocorre apenas em Mato Grosso do Sul. Todos os Estados da Região Sul estão sentido os efeitos da estiagem. Em Santa Catarina, o secretário de Agricultura Altair Silva reportou perdas de até 80% nas lavouras de milho. No Paraná o problema se repete em menor ou maior intensidade em todas as regiões, conforme o secretário de Agricultura Norberto Anacleto Ortigara.

Colheita iniciada

Algumas cidades sul-matogrossenses já começaram a colheita e estão percebendo as perdas. Em Dourados a seca ao longo de dezembro trouxe efeitos bastante expressivos nos 220 mil hectares cultivados com soja no município. Segundo informações do departamento técnico da Coperplan a quebra já é esperada em cerca de 30% da produção. Mesmo que volte a chover as perdas são irreversíveis, uma vez que, há cerca de 70% das lavouras em floração e 30% em enchimento de grãos.

Em Laguna Carapã a produção deve fechar em apenas 10 e 30 sc/ha. Além da estiagem outros problemas atingiram as lavouras, como as lagartas e percevejos. Se voltar a chover 40% das lavouras ainda podem produzir entre 45 e 50 sacas por hectare caso volte a chover ainda nesta semana. Os outro 60% terão baixa produtividade.

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