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Tecnologia melhora produtividade em SC


Expositores do Campo Demonstrativo Alfa têm alternativa para dobrar a safra de milho.

Acabar com o déficit de milho no Estado. Esse é um problema que o governador Luiz Henrique disse que pretende resolver em quatro anos. A promessa foi feita durante visita ao Campo Demonstrativo Alfa (CDA). O evento, que será encerrado hoje, em Chapecó, mostra tecnologia na área de sementes que pode tornar isso viável.

O coordenador de sementes e agroquímicos do CDA, Cládis Furlanetto, disse que a produtividade média do Estado será de 78 sacas por hectare (4,7 mil quilos), contra 61 sacas do ano passado (3,7 mil quilos). As 11 empresas presentes no evento mostram tecnologias que podem dobrar esse número.

Furlanetto destacou que muitas lavouras já devem atingir produtividade de 120 a 150 sacas por hectare, média de 53% a 91% superior. Alguns híbridos de milho presentes no CDA têm potencial para ultrapassar 200 sacas por hectare, num acréscimo de 155%.

Para o Estado ser auto-suficiente na produção de milho, saltando das 4,04 milhões de toneladas previstas para 4,9 milhões de toneladas, bastaria aumentar a produtividade em 19,1%, com a mesma área de 860 mil hecatares. A média, de 94 sacas por hectare, ainda seria modesta perto do potencial genético das sementes disponíveis no mercado.

Furlanetto destaca que para atingir grandes índices de produtividade é necessário um manejo adequado do solo, adubação e investimento em tecnologia.

Entre as 11 empresas expositoras de milho, está a catarinense Agroeste, que nesta safra vendeu 800 mil sacas, contra 650 mil do ano passado. Entre 8% e 10% das vendas foram para a Argentina, Bolívia e Paraguai.

O gerente de vendas da empresa, José Carlos Vieira, disse que além da produtividade, que chega a 170 sacas por hectare em lavouras de campo, a empresa está investindo na qualidade do grão. Entre as nove variedades no CDA estão algumas que atingem teor de proteína de 12,5% (contra 9,5% da média) e teor de óleo de 4,5% a 5,5% (contra 3% de média).

Vieira disse que isso permite aos suinocultores e avicultores um melhor rendimento da ração, diminuindo o volume necessário para alimentar os animais. Vieira acredita que em poucos anos as empresas vão remunerar melhor aqueles produtores que tiverem um produto com maior teor de proteína e óleo.

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