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Tendência é de primavera chuvosa no RS, diz meteorologista

A tendência atual dos modelos climáticos aponta para uma possível ocorrência do fenômeno El Niño no segundo semestre, o que indica uma primavera com altos volumes de chuva. Os dados foram apresentados nessa quarta-feira (11) pelo meteorologista Flávio Varone, do Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS), durante a 57ª Reunião Técnica Anual do Milho e a 40ª Reunião Técnica do Sorgo. As reuniões ocorrem na sede da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), em Porto Alegre, e se estendem até quinta-feira (12).


Varone ressaltou que somente nos próximos meses poderá se confirmar ou não a ocorrência do El Niño, se persistir o aumento das temperaturas na região equatorial do Oceano Pacífico. O meteorologista lembrou também para a importância do monitoramento da variação das temperaturas no Oceano Atlântico. “O Atlântico também tem grande influência nas condições climáticas no RS”, afirma Varone. “O resfriamento das águas do Atlântico em fins de 2011 foi determinante para a última estiagem no estado.”

Segundo o meteorologista, nem sempre a ocorrência de fenômenos como o El Niño ou o La Niña corresponde à falta ou excesso de chuvas. “As condições regionais às vezes são mais importantes”, diz. Levantamento feito pelo CemetRS na região de Santa Rosa entre 1975 e 2011 encontrou anos de estiagem ou de muita chuva em períodos considerados neutros, com La Niña e El Niño, indiscriminadamente.

A longa estiagem dos últimos meses no Rio Grande do Sul, que se iniciou em novembro de 2011 e continuou até maio de 2012, foi caracterizada pelos baixos volumes de chuva e pelas temperaturas elevadas, sob influência do La Niña. Mas o fenômeno também havia ocorrido entre 2010/2011, período de intensas chuvas no estado. A diferença, lembrou Varone, foi que em 2011/2012 houve pouca circulação de umidade da Amazônia para o Rio Grande do Sul, ao contrário do ano anterior.


Durante a tarde de quarta-feira, os participantes da 57ª Reunião Técnica Anual do Milho e da 40ª Reunião Técnica do Sorgo se reuniram em comissões técnicas, divididas por temáticas: Difusão de tecnologia e socioeconomia; Fisiologia, fitossanidade, controle de invasoras e práticas culturais; Genética, melhoramento e tecnologia de sementes e Nutrição vegetal e uso do solo.

Na manhã desta quinta-feira, haverá uma palestra do administrador Luiz Augusto Ribeiro Gioielli, da Athos Investimentos, sobre “Uso agroenergético para milho e sorgo”. Para as 10h, está prevista a plenária final e apresentação dos trabalhos destacados.

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