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Teste de Eficiência Alimentar avaliará consumo alimentar em exemplares Angus

Ganho estimado dos animais entre o período da prova é dois quilos por dia


Os 21 animais inscritos para o Teste de Eficiência Alimentar Angus 2019 iniciaram, nesta semana, a prova que avaliará o Consumo Alimentar Residual (CAR) e Ganho e Peso Residual (GPR). Os touros chegaram à Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) há 28 dias com peso médio de 519 quilos e, agora, estão com peso médio de 573 quilos. Segundo a engenheira agrônoma responsável pelo Setor de Confinamento do teste, Carolina Silveira da Silva, essa diferença representa a eficiência da dieta de adaptação. “Os animais ganharam uma média de 1,7 quilos por dia”, ressalta.

De acordo com Carolina, ao fim do período de adaptação, os touros consumiam por dia, em média, 24 litros de água e 27 quilos de dieta. Segundo o professor pós-doutor do departamento de Zootecnia da UFRGS e coordenador da prova, Jaime Urdapilleta Tarouco, é necessário avaliar os fenótipos de eficiência alimentar, tanto para a seleção dos animais quanto para parte de genômica. “Cerca de 60% a 70% do custo do produtor é em alimentação, por isso, precisamos identificar os animais que são mais eficientes no consumo”, explica.

Os animais iniciaram a prova, que dura 70 dias, com 81,8 cm² de Área de Olho de Lombo, 3,36 mm de Espessura de Gordura Subcutânea de Costela, 3,9 mm de Espessura de Gordura Subcutânea na Picanha e 2,28% de Percentagem de Gordura Intramuscular nos animais. Para o gerente de Fomento da Angus, Mateus Pivato, o teste traz uma grande importância para a raça no cenário nacional. “Esse é um passo a mais para a coleta de dados de uma futura avaliação genômica da raça. Essa prova tem uma característica de extrema importância quando falamos em eficiência e em produção sustentável”, explica Pivato, citando o lançamento do selo sustentável da Angus, no dia 27 de junho.

A dieta dos exemplares é composta por 81% de silagem de milho, 13,9% de grão de milho, 4,49% de farelo de soja, 0,279% de sal mineral e 0,021% de virginiamicina. Esses números significam que 40% da alimentação é dedicada a fonte de energia e 60% a fonte de fibra. “Os criadores estão buscando animais que produzam mais, consumam menos e gerem menos dejetos. Sabemos que dessa forma estamos no caminho certo para buscar produtividade com sustentabilidade”, destaca Pivato.

O ganho estimado dos animais entre o período da prova é dois quilos por dia. A expectativa é que os resultados atraiam a atenção dos criadores que buscam maior eficiência e produtividade dentro das suas propriedades. “Mais uma vez a UFRGS e a Angus estão dando um passo importante. O nosso teste tem um diferencial, na média, é um dos que mais prepara e avalia de todas as formas os exemplaras", avalia Tarouco.

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