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Torrefadora de Quércia custará R$ 5 milhões

A unidade em construção em Pedregulho (SP), fabricará café para o mercado interno


Depois de adquirir a torrefadora americana Dallis Coffee, sediada em Nova York, em março, o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, está investindo R$ 5 milhões na construção de uma torrefadora no Brasil. A unidade, ainda em construção em sua fazenda Nossa Senhora Aparecida, em Pedregulho, interior de São Paulo, fabricará café de altíssima qualidade para o mercado interno, segundo informou. Mais conhecido pela sua atuação política, Quércia, que também é um especialista na produção de café, venderá café processado no País pela primeira vez.

A fazenda de 3 mil hectares - dos quais dos quais 1,16 mil hectares voltados para o cultivo de café - já fornece o grão para vários restaurantes de grande porte, principalmente de Brasília, além do mercado externo. Agora passa a abastecer também a Dallis, nos Estados Unidos.

A torrefadora, que vai processar cerca de 350 toneladas de café por ano em sua primeira fase, deve ser inaugurada no fim deste ano, junto com a cafeteria Octavio, ainda em andamento na avenida Faria Lima, região nobre da capital. Octavio é a unidade criada para administrar os negócios do café de Quércia.

Após três anos, a unidade deve dobrar a produção de café, podendo subir de acordo com a demanda. A fábrica de café é considerada pequena por especialistas de mercado, pois está sendo criada para atender a um público específico. O produto será vendido em lojas especiais e empórios, disse Quércia que aposta na expansão dos cafés especiais.

Ele investiu cerca de R$ 4 milhões só na aquisição da linha de produção, fabricada pela Leogap, filial no Brasil do grupo alemão Probat, um dos maiores do mundo na fabricação de equipamentos de torrefação. Segundo diz, os recursos investidos no empreendimento poderiam ser maiores se os valores do imóvel fossem incluídos no orçamento da obra.

Quércia está construindo ainda o que chamou como "universidade do café" para formar profissionais no setor . O projeto envolve ainda cursos profissionalizantes no local da torrefadora para atender o público regional, disse João Guilherme, diretor de operações da Octavio. No mesmo local da torrefadora será construída uma loja para comercializar máquinas de café expresso, que serão fornecidas pelas italianas La Spaziale, Cimbali e La Marzocco, disse Guilherme.

Nos últimos 15 dias, Quércia recebeu executivos mundiais e do País da Leogap e Probat em sua fazenda para formarem futuras parcerias. A Leogap pode ser parceira nos cursos.

Quércia está seguindo o "exemplo" do bem sucedido Ernesto Illy, presidente da torrefadora italiana Illycaffè, que também possui "universidades". "No Brasil vamos concorrer com a Illycaffè". A sua torrefadora, diz, terá as mais modernas instalações para o "trato’’ do café. Quércia assumiu a fazenda nos últimos cinco anos, após a morte de seu pai. Hoje a taxa média de retorno dos investimentos é elevada, segundo informou. O grande problema, afirma, é a depreciação do dólar ante o real.

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