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Touros americanos desembarcam no Brasil

Reprodutores foram importados pela ABS Pecplan e devem começar a produzir sêmen no ano que vem


Chegaram ao Brasil, na última semana, quatro touros americanos importados pela ABS Pecplan. Os animais vieram em avião fretado pela empresa e desembarcaram no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), no sábado (22), e seguiram para uma fazenda próxima a Central em Uberaba (MG), por onde ficarão em quarentena cumprindo exigência sanitária.

Segundo Marcelo Selistre, gerente de Produto Corte Europeu da ABS, a importação dos touros para produção no Brasil envolveu grande investimento da empresa e foi uma estratégia de segurança. “Nosso país tem uma variação muito grande na questão político-econômica.  Acompanhamos, recentemente, por exemplo, um aumento expressivo do dólar, o que influencia diretamente no valor do sêmen importado”, justifica, ressaltando que a demanda por esse material é enorme e crescente. Vale destacar que durante mais de dez anos ficou proibida a importação de touros vivos dos Estados Unidos. A barreira sanitária foi aberta há cerca de quatro meses, viabilizando o projeto da ABS. 

Entre os reprodutores importados, dois Angus já fazem parte da bateria comercializada no Brasil, mas até então a produção era feita nos Estados Unidos. São eles: Marcenary e SafeGuard, sendo destaques com excelentes avaliações genéticas e o último já com Selo Bronze IATF. Também chegaram ao país dois touros da raça Simangus (que é uma grande aposta da gerência da ABS para o mercado de cruzamento industrial), sendo um deles filho do famoso Monument. “É uma genética 100% preta, mocha, de alto desempenho em ganho de peso e rendimento de carcaça.  Simangus é a raça que mais cresce percentualmente nos Estados Unidos”, avalia Selistre.

O transporte dos touros (que pesam mais de uma tonelada cada) dos Estados Unidos para o Brasil foi feito em avião adaptado, sendo cada animal alocado em uma caixa diferente. O voo até o Brasil durou mais de 15 horas. Antes do embarque, os animais cumpriram quarentena obrigatória e passaram por vários testes de saúde, como Brucelose e tricomonose. Os exames foram repetidos por três vezes durante o isolamento.

O gerente de Produção da ABS Pecplan, Fernando Vilela, conta que durante 30 dias os animais permanecerão em isolamento obrigatório em fazenda próxima a Uberaba (MG). Depois, haverá a quarentena obrigatória na Central da empresa para que, então, os touros comecem a produzir sêmen no início de 2017.  “Apesar de enfrentarem uma viagem tão longa, eles estão muito bem. Mas, ainda sim, durante essa fase de adaptação a resistência cai muito. Então, temos que ter muito cuidado para garantir a saúde deles para que, no ano que vem, possamos corresponder toda a expectativa do mercado”, comenta o médico veterinário. A partir do próximo ano, as visitas aos touros também serão liberadas, oportunizando criadores de todo o país conhecerem de perto a genética americana original. 

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