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Trabalhadores paralisaram atividades em usina de álcool em Poconé/MT

Os trabalhadores exigem o pagamento de dois meses de salário atrasado.


O clima está tenso numa usina de álcool em Poconé, Mato Grosso. Os trabalhadores paralisaram as atividades e exigem o pagamento de dois meses de salário atrasado.

Dentro da Usina Alcoopan não há nenhuma máquina ligada. As carretas de transporte de cana estão estacionadas no pátio. Os trabalhadores resolveram cruzar os braços para protestar contra os salários atrasados. A maioria saiu do Nordeste para trabalhar no corte e no plantio de cana. Eles são da Bahia, Alagoas e Maranhão.

“A gente tira da boca da família para vir para cá”, disse o agricultor Silvano Pereira.

O último salário pago foi o do mês de maio. Depois, ninguém recebeu um centavo se quer. Já são 70 dias sem receber o pagamento do salário. A única prova que eles têm dos dias que passaram trabalhando nos canaviais são papéis que controlam a produção de cada trabalhador. Para eles, isso significa o dinheiro que tem a receber.

A Alcoopan está em processo de recuperação judicial e tenta parcelar, com a autorização do juiz, o pagamento de uma dívida de R$ 200 milhões. A menor parte é a dos trabalhadores.

“A dívida de trabalhador hoje com esse pessoal é de R$ 280 mil. Nós conseguimos vender muitos bens. Esse dinheiro já está depositado em juízo e estamos aguardando agora a burocracia, que é a liberação do dinheiro, para poder pagar os trabalhadores”, explicou Euclides Ribeiro Júnior, advogado da Alcoopan.

O Ministério Público do Trabalho entrou com uma ação na Justiça para obrigar a empresa a por em dia o pagamento dos funcionários. “Com uma multa de R$ 300 mil por dia enquanto não se pagar os salários atrasados”, disse Eduardo Menezes Ortega, procurador do Trabalho.

Duzentos trabalhadores estão com os salários atrasados na Alcoopan.

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