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Trabalhadores rurais sem terra do RS plantaram sementes modificadas geneticamente


Embora o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) seja um dos fortes opositores dos transgênicos, assentados do Rio Grande do Sul ligados ao grupo plantaram semente geneticamente modificada nos últimos anos. O motivo, segundo três assentados, é a redução de custos que as sementes modificadas apresentam. Todos afirmam que a soja transgênica é mais econômica e tem melhor rendimento.

Um dos entrevistados, que planta 30 hectares, garantiu que no seu assentamento 80% dos agricultores seguiram o mesmo caminho. Outro, com 18 hectares, disse que os coordenadores do movimento já conhecem a nova realidade. Um terceiro disse que foi ameaçado por líderes do MST. Um comerciante de sementes garantiu que, na última safra, vendeu 25 mil sacas de semente transgênica para um assentamento em que até 80% dos agricultores semearam esse tipo de variedade.

Para o coordenador do MST Paulo da Rosa, o plantio de transgênicos nos assentamentos é realidade porque "os agricultores foram induzidos pela propaganda da Monsanto". Frisou que muitos assentados já não pertencem ao MST, mas são "parceiros de grandes entidades, como a Federação da Agricultura (Farsul)". O advogado da Farsul, Nestor Hein, considerou um absurdo que a entidade seja acusada de induzir o plantio de transgênicos.

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