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Traders comprando e supersafra 2021: Hora de vender milho?

Demanda encontrou o produtor preocupado com possível supersafra 2021


Foto: Leonardo Gottems

Dois fatores impulsionaram fortemente a exportação de milho nesta quinta-feira (18.06), de acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica. Um deles é a demanda de empresas compradoras, que “precisam embarcar milho 2020 imediatamente, porque tem navio parado”, apontam os analistas da T&F.

“De outro, esta demanda encontrou o produtor preocupado com possível supersafra 2021, devido à queda de 25% no plantio de algodão no Mato Grosso, cuja área migra para o milho. E devemos nos lembrar que o MT sozinho já produz mais milho do que Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná somados. A ideia então foi aproveitar os bons preços agora, enquanto estão mais altos”, explica a Consultoria.

Ao todo foram comercializadas cerca de 250 mil toneladas de milho nesta quinta, aproveitando os prêmios maiores, Dólar mais alto e a Bolsa de Chicago inalterado. “O que favoreceu o Brasil, contra seus, maiores concorrentes, Argentina e Estados Unidos”, concluem os analistas da T&F.

Os preços subiram 2 reais/saca no porto de Rio Grande (R$ 52,00/saca), também no porto de Paranaguá  (R$ 49,00/saca). No Mato Grosso chegaram a R$ 37,00 no spot em Rondonópolis, R$ 31,50 em Sorriso para agosto, R$ 32,00 em Lucas do Rio Verde, R$ 35,30 em Jaciara para setembro e R$ 36,00 em outubro e R$ 38,00 em Campo Verde para novembro, preços considerados “muito lucrativos”.

CONCORRÊNCIA

Argentina registrou exportação de 367,5 mil toneladas de milho em apenas um dia, relata a T&F. Por outro lado, os dados do etanol dos EUA mostraram apenas o menor aumento da produção, de 4.000 barris, em um conjunto misto de resultados, enquanto os rumores de que a China estava potencialmente explorando o fornecimento de etanol equivalia a evidências muito pouco concretas, já que os preços do país não são competitivos atualmente.

“Muita atividade evidente nos mercados spot do Brasil e da Argentina, tanto para a safra atual quanto para a nova, enquanto as licenças de exportação da Argentina tiveram seu dia mais movimentado desde o final de maio, com 367.500 toneladas registradas – a maioria (320kmt) para a Cargill”, concluem os analistas da T&F.

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