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Transgênicos: entidade agrícola parabeniza CTNBio

A CTNBio demonstra evolução ao emitir normas, cumprir com o estabelecido na legislação e dar andamento às avaliações científicas que atestam a biossegurança de produtos que irão auxiliar a agricultura brasileira


O presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM), Ywao Miyamoto, aplaudiu a aprovação pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) de duas novas variedades de milho transgênico - o milho NK603, também conhecido como Roundup Ready, da Monsanto e o milho GA21, da Syngenta – e de uma nova variedade de algodão transgênico, o algodão Roundup Ready, da Monsanto, tolerante ao herbicida glifosato. “Estamos contentes porque, finalmente, o governo entendeu que não podia continuar ouvindo argumentos ideológicos e, agora, as avaliações técnicas da CTNBio começaram a acontecer com a tranqüilidade que o país precisa.

A CTNBio demonstra evolução ao emitir normas, cumprir com o estabelecido na legislação e dar andamento às avaliações científicas que atestam a biossegurança de produtos que irão auxiliar a agricultura brasileira.

O Brasil precisa recuperar as posições que já perdeu para seus competidores internacionais, que já dispõem de ferramentas biotecnológicas há muito tempo”, observa Miyamoto. Para o presidente da Abrasem, ”agora o agricultor brasileiro terá opção de escolha, seja de variedade transgênica, convencional, orgânica, o que ele quiser”. O que não podia continuar acontecendo, em sua opinião, “era continuar impedindo o agricultor brasileiro de evoluir.”

Para o presidente da Abrasem, está comprovado tecnicamente que a biotecnologia é boa e segura para a agricultura e para o meio ambiente brasileiro, conforme demonstrado na decisão da CTNBio, nos estudos internacionais e em um próprio estudo feito pela Abrasem, divulgado no início deste ano. Benefícios ambientais

O estudo inédito que a Abrasem divulgou em janeiro demonstra os benefícios ambientais que a biotecnologia pode trazer ao País. Elaborado pela Céleres Consultoria, o trabalho ouviu 93 pequenos, médios e grandes agricultores de soja em sete estados (MT, MS, GO, MG, BA, PR e RS) e 90 produtores de algodão em cinco estados (MT, MS, GO, MG e BA) e, a partir dos dados atuais dos cultivos de soja e algodão fez uma projeção desses benefícios acumulados para a safra 2016/17.

Concluiu-se que com o plantio de soja transgênica, serão economizados 42,7 bilhões de litros de água, o equivalente ao volume de água suficiente para abastecer uma cidade de quase 100 mil habitantes ao longo do período, 305 milhões de litros de óleo diesel, combustível suficiente para abaster uma frota de 127,1 mil veículos leves (S10, por exemplo), além de uma redução de emissões para atmosfera de 919 mil toneladas de CO2 (dióxido de carbono), ou seja, o mesmo que plantar 6,8 milhões de árvores, quantidade necessária para neutralizar tal liberação.

O estudo considerou que o plantio acumulado nesse período será de aproximadamente 320 milhões de hectares de soja dos quais 274 milhões de hectares seriam de soja transgênica RR e de 23 milhões de hectares de algodão, sendo 16,6 milhões de algodão transgênico Bollgard. Outro dado de extrema importância sócio-ambiental é o da redução do uso de ingrediente ativo, composto químico utilizado na preparação de agroquímicos, no cultivo de soja transgênica: a queda desse uso no Brasil, apenas com o plantio de soja RR, será de 35,6 milhões de toneladas de ingrediente ativo até 2017.

Já com o cultivo de algodão transgênico, de acordo com o estudo da Abrasem, os benefícios serão ainda maiores uma vez que serão economizados 13,5 bilhões de litros de água, volume suficiente para abastecer uma cidade de 30 mil habitantes por 10 ano, 77,3 milhões de litros de óleo diesel, ou seja, o equivalente para o abastecimento de uma frota de 32,2 mil veículos leves, além de uma redução de emissões para a atmosfera de 196,7 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono), o que representa o plantio de 1,5 milhão de árvores, quantidade necessária para neutralizar tal liberação.

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