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Transgênicos ocupam mais da metade da área com soja no PR

As lavouras transgênicas do produto devem ocupar até 60% da área prevista no estado, segundo previsões da Coodetec e da Embrapa


Os agricultores aceleram o plantio da safra de soja 2007/2008, depois do período de chuvas que pôs fim à estiagem no Paraná. Em Cascavel, os produtores colocaram as máquinas ontem no campo para o cultivo. As lavouras transgênicas do produto devem ocupar entre 55% a 60% da área prevista no estado, segundo estimativas de órgãos de pesquisa, como a Coodetec (Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola) e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Em Cascavel e região, o período chuvoso iniciou na sexta-feira e persistiu até terça-feira. Ontem no primeiro dia de sol intenso, as máquinas retomaram o plantio de soja. A oleaginosa e o milho são as duas principais culturas da safra de verão. O plantio acontece justamente num momento de valorização das commodities, o que tem animado os agricultores paranaenses.

A saca de soja, 60 quilos, está sendo comercializada (vendas futuras) entre R$ 30,00 a R$ 32,00, valorização de 30% ante a safra 2007. No Paraná, a oleaginosa deve ocupar 4 milhões de hectares com produção estimada entre 11 milhões a 12 milhões de toneladas. No Núcleo Regional da Seab de Cascavel, que abrange 28 municípios, serão cultivados 444 mil hectares do produto.

A Embrapa e a Coodetec têm estimativas parecidas em relação ao cultivo de soja geneticamente modificada nesta safra, ou seja, entre 55% a 60%, e o restante convencional. “Trata-se de um pequeno crescimento em relação ao ano passado”, disse Ivo Carraro, diretor-executivo da Coodetec. Em 2006 plantio atingiu 47%. Para ele, as questões climáticas, ferrugem asiática e oferta menor de variedades de sementes OGM influenciaram na decisão do produtor rural.

Nesta safra, a Coodetec disponibilizou dois milhões de sacas de sementes geneticamente modificadas e outros 1,2 milhão de grãos convencionais. “O plantio de transgênico tem espaço para crescer. Isso deve acontecer a cada ano, pois a tendência desses materiais é melhorar”, destacou Carraro. O agricultor Cláudio Favretto, da localidade Vista Alegre, interior de Cascavel, optou, pelo segundo ano consecutivo, pela soja transgênica. “A opção se deve ao menor custo de produção”, disse o agricultor que semeou 92 hectares do produto em sua propriedade.

De acordo com o Deral (Departamento de Economia Rural), 5% da área da oleaginosa foram semeadas até agora. O plantio, segundo o Deral, vai se intensificar a partir desta semana.

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