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Tratamento de efluentes de suínos gera renda

Tecnologia gera renda, bioenergia, água renovável e biofertilizantes e agrega valor à produção


Foto: Pixabay

Todos os dias as granjas de suínos produzem milhares de dejetos. Um suíno, em média, produz sete litros de dejetos por dia, o que representa a produção de esgoto de cinco pessoas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), no ano de 2019 foram abatidos no Brasil cerca de 46 milhões de cabeças. Levando em consideração que um suíno consome, em média, 185 kg de ração, dos 63 aos 147 dias de vida, seriam de 8,08 kg por suíno no período.

Para tentar diminuir o impacto da atividade ao meio ambiente, o Instituto de Zootecnia, ligado a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolve o Programa "Suíno Pata Verde IZ". O grupo estuda as causas da carga poluidora e, consequentemente, o desenvolvimento e disponibilização de tecnologias mais sustentáveis, economicamente viáveis, ambientalmente corretas e socialmente justas, sem que haja alteração de rotina das granjas. As estratégias passam por melhorar a eficiência alimentar com foco em mais renda e reaproveitamento como bioenergia, água renovável e biofertilizantes.

O uso como biofertilizante, por exemplo, tem ótimo desempenho na agricultura, com aumentos de produtividade e resistência às pragas; gerar energia com fontes renováveis pela produção de biogás e biometano; e diminuir do custo de produção, devido ao aumento da biodisponibilidade de nutrientes da ração dos suínos, deixando mais milho e soja disponível ao consumo humano. 

Em 2019, os suínos abatidos somente no Estado de São Paulo em 2019, mostraram infeciência alimentar que gerou perdas de 41 mil toneladas de soja grão (que correspondem a 30 mil toneladas de farelo de soja) e mais de 104 mil toneladas de milho grão. A Produção de Proteína Animal Integrada (PPAI) busca pesquisas para melhorar em 15% a eficiência alimentar dos suínos, de forma a diminuir custos de produção e tornar acessível a todos tamanhos de produtores. O trabalho inclui fornecimento de alimentos irradiados, a validação genética de linhagens comerciais de suínos com maior eficiência na utilização de alimentos, a produção de água de reuso e energia, com avaliações bioeconômicas que abrangem o desempenho, avaliações de carcaça e qualidade de carne, processamento de produtos cárneos, análise sensorial, proteômica e metabolômica, geração de energia e recuperação de água - tudo com foco na produção de proteína animal, em contexto produtivo e sustentável.

A tecnologia de tratamento de efluentes cria alternativas de geração de renda, como o biogás que pode ser utilizado como fonte de energia em uma propriedade, o biocombustível para veículos e processamento de produtos cárneos para defumados, seguindo as normas de produção. O Flotub-JLTec-IZ, permite o tratamento simultâneo de diversas atividades pecuárias e humanas, sem a necessidade de separação desses efluentes.

O projeto, financiado pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e patrocinado pelos Comitês PCJ, em parceria com a empresa JL Tecnologia Ambiental (JLTec), apresenta como diferenciais o menor custo de implantação, a utilização de equipamentos nacionais desenvolvidos em indústrias paulistas e, principalmente, a geração de coprodutos, como os biofertilizantes.

*Com informações da assessoria de imprensa

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