Tratamentos de sementes com cobre e zinco melhoram qualidade do milho
Técnica pode ser utilizada em solos que são carentes de substâncias
Mesmo sendo um dos maiores produtores de milho do mundo, várias regiões do Brasil ainda possuem solos carentes em cobre e zinco como em áreas do Cerrado, por exemplo.
De acordo com o engenheiro agrônomo Marcos Altomani Neves Dias, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba (SP), quatro lotes, apresentando diferenças quanto ao tamanho e vigor das sementes, foram utilizados. Os tratamentos foram compostos por diferentes dosagens e combinações de suspensões líquidas, contendo óxido de zinco e carbonato de cobre, fornecidos juntos ou separadamente. A pesquisa durou um ano.
Para o autor do estudo, o desenvolvimento inicial das plantas foi satisfatório após o tratamento das sementes. “Com a aplicação dos nutrientes, as plantas apresentaram boa altura, maior massa seca e também houve crescimento da raiz e da parte aérea”, salienta Dias.
Marcos Altomani Neves Dias ressalta ainda que o tratamento das sementes com zinco e cobre não impede a utilização de outros tratamentos convencionalmente aplicados nas sementes de milho.
O trabalho, orientado pelo professor Silvio Moure Cicero, do Departamento de Produção Vegetal (LPV) da Esalq, contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e empresas privadas.
Produção nacional
A estimativa é de que o Brasil colha mais 75 milhões de toneladas de milho na safra 2013/14, 8% abaixo do recorde registrado na safra 2012/13.