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Trigo: Atraso em SC e falta de chuvas no RS

Estiagem prejudicou semeadura em SC e desenvolvimento no RS


Segundo o boletim agropecuário de setembro do EPAGRI/CEPA (Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola) em Santa Catarina, cerca de 8,0% da área plantada com trigo encontra-se em fase de florescimento. Esse percentual corresponde a uma área de 4.000 hectares, sendo que as microrregiões mais adiantadas são Chapecó, Concórdia e Xanxerê. 

De acordo com a Consultoria Trigo & Farinhas, o atraso no desenvolvimento das lavouras ocorre em função do retardo na semeadura, provocado pela estiagem ocorrida entre os meses de maio e junho. A estiagem também fez que muitas lavouras ficassem com plantas desuniformes e amarelecidas pela impossibilidade da realização das adubações de cobertura. 

“Com plantas iniciando a fase reprodutiva como o alongamento do colmo, espigamento e florescimento as lavouras apresentam falhas e plantas de baixo porte, sinais de que poderemos ter redução na produção e produtividade das lavouras. No Estado do Paraná, que semeia trigo mais cedo que Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a colheita avança em ritmo normal”, aponta a T&F. 

Segundo o Departamento de Economia Rural do Paraná – Deral, até o final da primeira semana de setembro, cerca de 16% da área plantada já havia sido colhida, sendo que desse percentual 49% encontrava-se em boa condição.

No Rio Grande do Sul, a expectativa é que até final de setembro iniciem as operações de colheita. Segundo a Emater/RS, os problemas climáticos enfrentados pela cultura desde o plantio até o presente momento estão dificultando muito o desenvolvimento das lavouras, que estão apresentando grande variabilidade de potencial produtivo e com altos índices de incidência de pragas e doenças. 

Preços

Em relação a evolução dos preços pagos aos produtores de trigo em Santa Catarina, mercado de balcão, no mês de agosto tivemos pequena alta de 0,52% em relação ao mês anterior. Já quando comparamos com agosto de 2016, a redução foi de mais de 17% (preços nominais). 

No estado do Paraná, segundo levantamento realizado pelo Seab/Deral, os preços ofertados aos produtores de trigo caíram 0,28%, em julho a saca de 60kg do cereal ficou cotada a R$ 35,11, contra R$ 35,01 no mês de agosto. Já no Rio Grande do Sul, segundo dados da Emater/RS, os preços também caíram cerca de 0,12%, lá o preço pago pela saca de 60kg passou de R$ 32,13 em julho, para R$ 32,09 em agosto. 

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