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Trigo colhido no RS apresenta boa produtividade

No geral, o Estado vem produzindo um trigo de qualidade e com bom rendimento de produtividade


No geral, o Estado vem produzindo um trigo de qualidade e com bom rendimento de produtividade

A colheita do trigo se encaminha para o final, com perspectiva de ser concluída nas próximas semanas. No momento, o percentual atinge 70% e as lavouras que ainda não foram colhidas são de trigo tardio ou trigo de duplo propósito (pastoreio e grão), como o Tarumã. De acordo com o Informativo Conjuntural elaborado pela Emater/RS-Ascar, a maioria das lavouras tem superado a expectativa de produtividade esperada. As primeiras lavouras colhidas antes das chuvas fortes em outubro apresentaram produtividade acima de 4.200 kg/ha e pH 80, com relatos inclusive de lavouras com produtividade superior a 4.800 kg/ha. Já as lavouras colhidas em novembro, que pegaram chuvas fortes na maturação, apresentam produtividades de 3.000 a 3.600 kg/ha e o pH de 76 a 78.

No geral, o Estado vem produzindo um trigo de qualidade e com bom rendimento de produtividade, garantindo um produto que terá valor comercial no futuro, pois no momento o valor pago aos produtores está bem abaixo do preço mínimo, em torno de R$ 30,00/sc, e são poucas as alternativas de comercialização. Técnicos da Emater/RS-Ascar aconselham aos produtores a venda do trigo para fevereiro e março de 2017, quando haverá uma melhoria na comercialização.

A área plantada com milho atingiu 85% do total estimado para o Estado. As temperaturas adequadas e a presença do sol, aliado à boa umidade no solo, proporcionam um excelente desenvolvimento vegetativo das lavouras, com uma coloração verde escuro forte, e favoreceram a floração das lavouras e início da formação das espigas. Até o momento a cultura se apresenta com excelente expectativa de produção.

As condições climáticas favoráveis intensificaram o plantio da soja nesta semana, atingindo 39% da área prevista para o Estado. Foi observado que em áreas em Tuparendi, Doutor Mauricio Cardoso e Novo Machado, cujas lavouras foram implantadas bem cedo (setembro) com variedades precoces, algumas já estão fechando o dossel. As lavouras de soja no RS estão sendo formadas com um bom nível de tecnologia.

A grande maioria das regiões produtoras de feijão está finalizando a semeadura, restando os Campos de Cima da Serra, cujas áreas serão semeadas em meados de dezembro, sendo um zoneamento intermediário entre as duas safras. A lavoura se encontra com bom desenvolvimento e as condições climáticas da semana (chuvas regulares, boa umidade do solo, radiação solar intensa e temperaturas mais elevadas) favorecem o desenvolvimento da cultura. Nessas condições, as áreas implantadas aceleram a atividade fotossintética e a planta vem garantindo o potencial produtivo.

Apesar do tempo úmido e por vezes chuvoso, os produtores de arroz têm se esforçado para finalizar o plantio dentro do prazo hábil que, na maioria das zonas produtoras, se encerra em novembro. No momento, o percentual alcança 85% da área, situando-se na média dos últimos anos. Algumas lavouras têm apresentado desenvolvimento mais lento que o desejado, em função das temperaturas mais baixa à noite, mas no geral pode ser considerado bom.

Citros

Está encerrada a safra de citros no Vale do Caí, principal região produtora do Rio Grande do Sul. As últimas frutas que estão sendo colhidas são do tangor Murcott, que é um híbrido natural de tangerina com laranja. O preço médio recebido pelos citricultores pela caixa de 25 kg de Murcott é de R$ 40,00. O tempo tem ajudado no desenvolvimento das frutas que darão origem à próxima safra, já que tem chovido com regularidade, propiciando bom crescimento. Os citricultores estão realizando roçadas nos pomares e tratamentos preventivos à ocorrência de doenças.

Pastagens

O campo nativo está em plena fase de brotação e a produção de pastagens, proporcionando maior disponibilidade de matéria verde com alta qualidade nutricional, onde as espécies de nativas gramíneas e leguminosas formam uma composição bastante diversificada de plantas forrageiras, oferecendo melhores condições alimentares para os rebanhos. De maneira geral, as pastagens cultivadas de inverno, como azevém e aveia, se encaminham para o final de ciclo, com redução de crescimento e aumento da quantidade de fibras e redução das proteínas. Por outro lado, as pastagens cultivadas perenes de inverno estão em fase de pleno desenvolvimento, como trevos e cornichão, destacando-se pela grande oferta e qualidade dessas leguminosas. Também já teve início a implantação e o desenvolvimento vegetativo das espécies forrageiras cultivadas anuais de verão, como milheto, capim sudão, sorgo forrageiro e aveia de verão, entre outras. Entre as espécies perenes de verão destaca-se o tifton, cultivado em praticamente todos os municípios, sendo estratégico para o manejo alimentar dos rebanhos, especialmente na produção de leite a pasto, em sistema de pastoreio rotativo. As lavouras de milho destinadas para a produção de silagem estão em plena fase de desenvolvimento e recebendo os tratos culturais preconizados para a época, especialmente adubação nitrogenada mineral e/ou orgânica em cobertura.

Ovinocultura

Os rebanhos ovinos das diversas regiões do Estado permanecem apresentando boas condições nutricionais e sanitárias. Com o clima favorável ao desenvolvimento dos campos nativos, a oferta de volumoso aumentou e o rebanho ganha peso. A parição está encerrada e é finalizando os manejos de assinalação, castração e descola. Conforme as condições do clima, a esquila vai se acelerando. A comercialização de animais para abate é pequena na maioria dos municípios do Estado, devido à baixa oferta de cordeiros terminados. Os criadores estão preparando os cordeiros para ofertar no final do ano, quando os preços são mais atrativos.

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