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Trigo deve sofrer redução de 20% na área plantada no Paraná

O principal fator apontado para a redução é que o custo de produção de trigo é mais alto que o do milho


A previsão da regional de Maringá da secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) do Paraná que abrange 29 municípios aponta uma redução de 20% nas plantações de trigo na região. “No ano passado foram plantados 62 mil hectares do grão na região, contra 50 mil hectares previstos para serem plantados em 2005. É uma redução significativa”, avalia o chefe regional da Seab, Renato Cardoso.

O principal fator apontado para a redução é que o custo de produção de trigo é mais alto que o do milho, que no ano passado não tinha preço e nem mercado para seduzir o agricultor. Outro problema é a quebra na safra de soja, que deixou o produtor rural sem capital para investir. Em algumas propriedades da região, o plantio do trigo já foi iniciado, e nas outras os agricultores devem aproveitar a chuva registrada nos últimos dias para realizar a planta. “A quantidade de chuva que caiu, entre 27mm e 58mm, é suficiente para começar o plantio do trigo. Vamos ver agora como fica a temperatura. A expectativa é que caia um pouco, pois ainda estamos com temperaturas de verão, prejudiciais para o cultivo do trigo”, disse.

Não é só o trigo que foi beneficiado com a chuva do final de semana. “A cana, o milho que está em fase de crescimento e também as pastagens foram agraciadas”, avaliou. A previsão para os próximos dois dias, de acordo com a Estação Climatológica Principal de Maringá, é de mais chuva na região. As temperaturas também devem se manter em queda pelo menos até quinta-feira. A mínima registrada ontem foi de 18,8º.

A Seab também estima que pelo menos 35 mil hectares da região recebam aveia apenas para cobertura e incorporação no solo e outros 7 mil hectares de aveia sejam plantados para a colheita. Outra cultura que começa a ser difundida na região é a de girassol. “São 16 áreas experimentais na região, pois o girassol se tornou uma opção para produção de biodiesel”, conta Cardoso.

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