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Trigo do RS está abaixo do ideal

Produtores dão indicativos de acionar o Proagro



O plantio da área destinada ao trigo para a safra 2017 está praticamente concluído dentro da época recomendada pelo zoneamento agroclimático para o Rio Grande do Sul, apesar dos contratempos enfrentados pelos triticultores durante esta fase. As lavouras em sua grande maioria estão em desenvolvimento vegetativo, sendo que no Norte e Noroeste do Estado, junto ao rio Uruguai, 1% delas se encontra em início da fase de floração (emissão da folha bandeira/emborrachamento). 

“De maneira geral o desenvolvimento vegetativo foi favorecido pelos dias de sol forte e frio intenso ocorridos na semana anterior. Porém, esta fase do desenvolvimento se encontra aquém do ideal para a época, em função da baixa umidade no solo na maioria das regiões”, aponta a Consultoria Trigo & Farinhas. 

De acordo com a T&F, as lavouras implantadas em julho apresentam, de forma nítida, germinação desuniforme devido à falta de chuva após o plantio. Tal fato traz risco iminente de maturação desuniforme, com redução na qualidade final do produto, situação essa não superada pela baixa precipitação em alguns locais.

Onde as chuvas ocorreram em volumes maiores, houve a retomada da aplicação de adubos nitrogenados em cobertura, porém com resultado apenas parcial no aproveitamento dos nutrientes em função da pouca umidade presente no solo.

Em lavouras localizadas em áreas topográficas mais altas, a germinação tem ocorrido de forma bastante irregular, sendo que em algumas situações há relatos de morte de plantas devido ao já prolongado período com chuvas bem abaixo da média para esta época.

“Assim sendo, produtores dão indicativos de acionar o Proagro, entre outras alternativas, por conta do mau desempenho das lavouras. Seriam necessárias chuvas de no mínimo 40 mm para melhorar o desenvolvimento e crescimento vegetativo. Assim, a produtividade das lavouras de trigo desta safra, em alguns casos, tende a reduzir em relação à expectativa inicial. Todavia é prematuro estabelecer um percentual preciso, tendo em vista o atual estágio da cultura e o quanto ainda está por vir por conta das condições meteorológicas. A pouca comercialização de trigo só ocorre para troca de insumos para as lavouras de verão, ao preço médio de R$ 32,26 a saca de 60 quilos”, conclui.

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